sexta-feira, 23 de maio de 2025

ACHADOS DA SEMANA: Meshell Ndegeocello, Franz Zappa, Masterplan e Jawbox

Meshell Ndegeocello
Se não me engano, essa prestigiada compositora/cantora/baixista toca hoje em São Paulo. Aproveitei pra conhecer seus discos mais prestigiados, sendo que eu adorei o Peace Beyond Passion (1996). É uma mistura formidável de Prince, D'Angelo, Erykah Badu, Esperanza Spalding (logo, de influencias e influenciados). Muito groove, baixos poderosos, arranjos soberbos, sonoridade pulsante e cristalina, bom repertório. Impressionante mesmo, tendo inclusive contribuído para o desenvolvimento do neo-soul. Vale dizer que colaboram com o álbum nomes como Billy Preston, Bennie Maupin, David Gamson, Wah-Wah Watson, Joshua Redman, Wendy Melvoin, David Fiuczynski, dentre outros. Diante desse meu apreço, confesso que o Bitter (1999) me entusiasmou menos. De bonita capa, o álbum é mais singelo e introspectivo. A qualidade musical obviamente tá lá, só me empolgou menos. A ficha técnica se mantém impressionante, agora com nomes como Lisa Coleman, Abe Laboriel Jr., David Torn, Doyle Bramhall II. Ouçam os dois.

Franz Zappa
You Are What You Is (1981). Daqueles discos do Zappa tão centrados no texto (e qual não é?) que confesso ter certa preguiça. Ainda mais por ele ser duplo. Mas embalei escutá-lo e é inegável que tem grandes momentos, incluindo seu hit que nomeia o álbum, além da espetacular “If Only She Woulda” (tremendo solo de guitarra). Da fase Ike Willis e Steve Vai é dos melhores.

Masterplan
Masterplan (2003). Tenho preconceito com power metal, mas tanta gente fala bem dessa banda/disco que decidi dar uma chance. É o grupo do Jorn Lande com o Roland Grapow. Longe de ser um disco que agora vou incluir no meu cardápio auditivo, mas entendi porque as pessoas gostam tanto. Apesar do clichês “espadísticos”, é um álbum de heavy metal consistente, encorpado e nem tão afetado. Vale se atentar pra produção. Alemães dominam esse tipo de sonoridade.

Jawbox
For Your Own Special Sweetheart (1994). Esse disco pertence aos panteão dos "clássicos do rock alternativo sem hype". Ultra influente pro post-hardcore. Até o Deftones e o Foo Fighters beberam dessa fonte. Lembra o que vinha fazendo o Helmet e o Fugazi. Não por acaso, já que foi produzido pelo Ted Nicely e saiu pela Dischord. Inclusive, que puta sonoridade (mais uma vez comprovando minha tese que essa época é o auge técnico da produção musical de rock). Ótimas guitarras. Discão.

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