sábado, 23 de agosto de 2025

ACHADOS DA SEMANA: Divine Heresy, Shack, Lou Reed e Boris

Divine Heresy
Bringer Of Plagues (2009). Cheguei a conclusão que o Dino Cazares é um dos grandes guitarristas base da história. Sua pegada, precisão e timbre é impressionante. Dito isso, é um disco meio besta, que vai interessar só quem curte um “metalzão pra puxar ferro”. Eu curto!

Shack 
Tava escutando o Waterpistol (1995) e cheguei a conclusão que quanto menos badalada é uma banda de britpop noventista, melhor ela é. Basta olharmos para os medalhões e ver em que posição está o Suede no clamour popular. Voltando ao disco, há excelentes e versáteis canções. Tem faixas com groove à la “Live se tivesse dado certo” (“Sgt. Major”), baladas psicodélicas lindíssimas (“Stranger”) e muito de jangle pop. Me empolguei tanto que fui até ouvir o H.M.S. Fable (1999) na sequência. Mais um tremendo álbum, soando entre o power pop do Teenage Fanclub e o alt-country do Wilco, mas com doses de psicodelia. Banda subestimada.

Lou Reed
O Barcinski fez um disco mencionando seus discos prediletos do Lou Reed e eu aproveitei pra ouvir algumas coisas. Achei curioso como o Sally Can’t Dance (1974), de algum modo, em termos de sonoridade, me remeteu aos discos que o Raul Seixas fez no final da década de 1970. Vale dizer que tanto o Lou quanto o Raul se destacam mais pela letra e atitude que pela qualidade vocal. Em comum a ambos também estão os vícios. Voltando a música, vale dizer que o guitarrista Danny Weis arrebenta por todo o disco. Falando em guitarra, ouvi também o clássico The Blue Mask (1982), onde o Lou e o grande Robert Quine distribuem excelentes guitarras em perfeita interação. É discaço! Por sua vez, é o Bob Kulick que toca no ótimo Coney Island Baby (1975). Tô começando a achar que o Lou Reed está pra guitarra no “rock alternativo” assim como o Ozzy tá pra guitarra no heavy metal. Pensa bem, faz muito sentido. 

Boris
O Boris vai tocar no Brasil e eu resolvi dar uma repassada por alguns discos. Lembrei que o Fantano falou sobre o Feedbacker (2003) ao mencionar pérolas do post-metal e fui ouvir com maior atenção. É o tipo de proposta que demora pra decolar. Muito feedback (só poderia), distorções volumosas (captadas de maneira orgânica), drones e progressões lentas. Para alguns pode ser um marasmo, mas também pode ser agradavelmente inebriante.

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