Fleetwood Mac
Tudo bem, todo mundo sabe que o Rumours (1977)
é fantástico, mas acho que vale pontuar que o Fleetwood Mac (1975) é tão bom quanto. Um dos grandes discos da história do pop rock, tanto pelas maravilhosas composições, quanto pela sonoridade orgânica e performances inspiradas. Lindsey Buckingham chegou querendo mostrar serviço. Estão aqui algumas das suas melhores guitarras.
Terje Rypdal
Conceituado guitarrista norueguês. Não sei quem influenciou quem, mas a linguagem que o Jeff Beck veio a desenvolver (trabalhando alavanca, bends expressivos, dinâmica e uma sonoridade quase etérea) já é explorada no After The Rain (1976), lançado pela ECM (com essa capa e proposta, só poderia ser). Que guitarrista expressivo! Vale muito a audição pra quem toca guitarra.
High On Fire
Death Is This Communion (2007), disco poderoso dessa banda que tão bem faz a ponte entre o stoner e o sludge. A produção é do Jack Endino. Pesadão. Bom pra ouvir na academia.
Emílio Santiago
Vire e mexe surge entre amigos o papo de “melhores” cantores da música brasileira. Percebo que, finalmente, o nome do Emílio Santiago começa a ser citado. Nada como a lacuna para passarmos a valorizar que no dia a dia fazia do canto popular uma arte da maior grandeza. Pensando nisso, eu também andei revistando seu repertório, passando pelas Aquarelas Brasileiras, mas principalmente me concentrando no elegante Amor de Lua (1981), com direito a ótimas harmonias e melodias. Poucos cantam samba com o lirismo interpretativo do Emílio. Ouvi também o Mais Que Um Momento (1983). muito mais pop, com direito a grandes grooves e tremendos arranjos de metais, vide “Desfigurado”, “Todos os Tons” e a faixa título do álbum. Tudo proporcionado com ajuda de nomes como Serginho Trombone, Oberdan, Paulo Braga, Márcio Montarroyos, Lincoln Olivetti, Robson Jorge, Jamil Joanes, Junior Mendes, Piska, Paulinho Tapajós, Sergio Della Monica, dentre outros. Impressionante né?
Edson Gomes
Há tempos eu venho observado um hype - sem juízo de valor - ao Edson Gomes, um outrora indiscutíveis lenda do reggae brasileiro restrito a um nicho de ouvintes, mas que agora parece tá angariando novos públicos (inclusive de classe média branca). Bom pra ele. A comprovação disso veio com a confirmação de um show dele no Lollapalooza. Inimaginável por mim há 5 anos atrás. Dito isso, não nego que nunca fui seu público, embora o conheça há muito tempo. Mas peguei pra escutar o Reggae Resistência (1988) e Campo de Batalha (1992) pra ouvir. São seus álbuns mais escutados no Spotify. De cara me animou o nome dos discos, fugindo do estereótipo “reggae cachoeira” que impregnou o estilo no Brasil. Não há como não valorizar o conhecimento de causa e honestidade que o Edson Gomes imprime no seu som. Os álbuns são bons, principalmente devido às composições e performances. Na produção falta uma atmosfera difícil de descrever, mas que somente os jamaicanos parecem conseguir extrair (nem mesmo os ingleses conseguem). É muito legal ouvir com guitarra em mão, solando em cima. Feliz por conhecer melhor a música do Edson Gomes, um legítimo representante do reggae brasileiro.
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