Scott Henderson
Tem guitarrista que é muito bom, mas tem o Scott Henderson. Como ele toca, não? Tava ouvindo o emblemático Dog Party (1994), disco que ele faz uma transição pro blues rock. Claro, o fusion ainda está lá. Tremenda pegada, fraseado, timbre de strato… uma aula. Galera do Tribal Tech tá envolvida, ou seja, tudo é muito bem tocado (e cantado). A captação também é ótima, remetendo a uma época em que os "discos de guitarristas" soavam mais orgânicos. Hoje parece que tudo é bateria programada, baixo gravado em overdub pelo próprio guitarrista. Nessa praia de guitarra blues fugindo do óbvio, gosto mais dele que do Robben Ford (que também curto, claro).
Leci Brandão
O grande Tonico Manoel lançou um canal do WhatsApp em que ele recomenda discos. Entrei e ficou uma semana em silêncio, até que ele recomendou o Metades (1978) da Leci Brandão. Disco maravilhoso, meio de samba, meio de mpb, meio de um pop brasileiro com groove e carisma próprio… difícil rotular, fácil de perceber a excelência. Inclusive, como ela canta, não? Na ficha técnica nomes como Antônio Adolfo, Paulo Moura, Roberto Menescal, Rosinha de Valença… Tá explicado?
Slipknot
25 anos do debut, com direito a banda tocando ele na íntegra, inclusive em show recente no Brasil. Fui reouvir, embora nunca tenha morrido de amores e uma audição recente do Iowa (2000) não tenha me empolgado. Resultado: gostei bastante. É inegavelmente vigoroso, bem tocado, com certa organicidade em meio às doideiras eletrônicas. De certo modo, é até bastante experimental. Mas no meio da violência sônica já havia lampejos de momentos ganchudo. O grande disco do Joey Jordison.
Pavement
Slanted And Enchanted (1992). Outra tremenda estreia. Quando é que as pessoas vão reconhecer o Stephen Malkmus como grande guitarrista que é? Um show de distorções. Ao menos enquanto um dos grandes compositores do indie rock ele já tem reconhecimento, né!
Sepultura
João Gordo rasgou seda dias desses para o Schizophrenia (1987) e eu fui reouvir. Conforme os anos vão passando, mais eu gosto dos primeiros discos do Sepultura. É que no meio de tanta tosquice, há também um vanguardismo inerente ao metal extremo do período.
Neil Young
Comes A Time (1978). Apenas uma dentre tantas pérolas que o Neil Young lançou na década de 1970. Se você curte seu lado mais folk ou simplesmente baladas acústicas incríveis, esse disco é um conforto pra alma.
Quincy Jones
Quincy morreu e eu quis fazer um tributo leve, levantando o astral por uma vida tão fantástica em prol da música. Botei o The Dude (1981), álbum que em termos de arranjo/produção prevê muito do que ele viria a fazer no Thriller. Gravação cristalina. Tá todo mundo ali, do Stevie Wonder passando pelo Herbie Hancock, Steve Lukather, Greg Phillinganes, Louis Johnson, Paulinho da Costa, James Ingram, John Robinson, Rod Temperton e Ian Underwood. Ah, ainda tem "Velas" do Ivan Lins com gaita do Toots Thielemans. Biscoito fino da música pop.
Nenhum comentário:
Postar um comentário