Marina Lima
De bobeira, sem sequer conhecer o disco, meti um O Chamado (1993) pra tocar entre amigos. Ninguém pediu pra tirar. É aquele pop elegante, contido e charmoso. Achei tudo impecavelmente arranjado e produzido. Tem as mãos do William Magalhães e Fernando Vidal. A Marina ainda estava cantando muito bem. É uma pérola.
João Gilberto
João Gilberto (1973), o disco da capa branca, finalmente chegou ao Spotify. Mais um motivo para reouvi-lo. Um dos principais trabalhos não só do João, mas de toda a música brasileira. Seu violão está no auge. Só a riqueza rítmica (do violão e da voz) aplicada em “Águas de Março” já faz valer o dia. Um álbum pra ser apreciado e estudado.
Bulimia
Se Julgar Incapaz Foi O Maior Erro Que Cometeu (1999). Num país que não cansa de revelar seu conservadorismo, acaba sendo didático ouvir esse disco na companhia da minha filhinha. A introdução ao punk rock e a indignação tem que vir de berço. Tão tosco quanto furioso.
Guru
Jazzmatazz Volume 1 (1993). Sei lá se foi por conta da recém polêmica do Ed Motta, mas lembrei deste disco. Confesso que quando eu o conheci eu gostei mais. Escutando hoje parece que sua ambição não gerou nada tão instigante. De certo modo soa até conservador. Dentro dessa proposta de fundir jazz ao rap o Guru se saiu muito melhor no Gang Starr.
Pet Shop Boys
Introspective (1988). Desenterrei esse disco inegavelmente pop, mas que foge de muitas estereotipias do gênero, a começar pela duração das faixas. A mais curta passa dos 6 min, a mais longa beira os 10 min. Outra característica que acho curiosa é a voz do Neil Tennant, sempre sóbria, na contramão do astral espalhafatoso que as canções são capazes de provocar numa pista de dança. Aqui as produções, envolto a orquestrações e programações eletrônicas, representam o auge do synthpop. Interessante como, por mais que eles soem datadas, elas envelheceram charmosamente bem. Resumindo: são 6 canções de art pop esplêndidas e atemporais.
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