sexta-feira, 14 de junho de 2024

ACHADOS DA SEMANA: Dirty Three, Eddie Hazel, John Williams, Gal Costa e Jimmie Rodgers

Dirty Three
Banda cultuada de post-rock, que traz na sua formação o Warren Ellis (aquele mesmo, o fiel parceiro do Nick Cave), Mick Turner e o Jim White (baterista que já gravou com meio mundo do cenário alternativo). Peguei os álbuns mais aclamados deles para ouvir antes de dormir. São eles: Horse Stories (1996), Ocean Songs (1998) e Whatever You Love, You Are (2000). É uma experiência linda, intensa e, em alguns momentos, angustiante (mas com boa resolução ao final). O mais legal é como os discos soam orgânicos, sendo que quando escutados no escuro, no fone, fica parecendo uma performance intimista. Muito legal ir passeando pelo desenvolvimento das composições, baseadas mais na interação do trio que em arranjos fechados.

Eddie Hazel
Game, Dames and Guitar Thangs (1977). Acreditam que eu nunca tinha escutado esse disco? Logo eu que sou obcecado por guitarra e adoro o Funkadelic. E olha que sei da existência desse álbum há muito tempo. Obviamente adorei o disco. Psicodélico, ora beirando o estranho, ora lisergicamente funkeado. Não somente o Eddie Hazel manda muito bem, mas também o Bootsy Collins (é ele em “Frantic Moment”, né?). A versão pra “I Want You (She’s so Heavy)” é espetacular.

John Williams
Minha filhinha tem se interessado pelo E.T.. Não o filme, mas a adaptação para um livro infantil. Leio todo dia pra ela e comecei a botar a trilha sonora do John Williams pra criar um ambiente. Ela tem verdadeiramente adorado as músicas. Não é pra menos, já que é misteriosa e muito emotiva. Trilhas sonora como essas podem ser uma grande porta de entrada a música erudita.

Gal Costa
Tem tocado muito aqui em casa o recente disco da Felipe Catto interpretando canções do repertório da Gal Costa. “Negro Amor” tem sido das favoritas. Fui procurar a versão da Gal e cheguei no Caras e Bocas (1977), que confesso nunca tinha escutado. É maravilhoso. Adorei a sonoridade, os arranjos, a interpretação da Gal, a performance da banda e a seleção das músicas. Perinho Albuquerque teve peso nas composições e produção. Disco espetacular que estranhei não ter me atentado antes. Pessoal não dá moral mesmo ou eu que comi mosca? Depois fui rever a discografia da Gal e percebi que tinha parado mesmo no Gal Canta Caymmi (1976), que já aproveitei e reouvi. Continua espetacular, mas isso todo mundo já sabe. Preciso agora ir Água Viva (1978) pra frente. Quem sabe na próxima semana.

Jimmie Rodgers 
Tava escutando uma compilação do Jimmie Rodgers, artista tido como um dos pais da country music. E é mesmo, mas eu diria mais, diria que é um dos pais também do rock. Tem canções do repertório dele que são rock sem por nem tirar. Grande cantor, de voz limpa, cuidadosas interpretações e bom gosto nos arranjos (com coros de doo-wop, yodeling e o que mais tiver a disposição). Muitas das gravações soam muito bem, além do mais se levarmos em conta que ele morreu em 1933. Impressionante.

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