segunda-feira, 25 de março de 2024

Pitacos sobre o Lollapalooza 2024

Normalmente, durantes festivais e grandes eventos de música, costumo ir twittando minhas constatações para depois reuni-las no blog. Desta vez nem isso fiz. Mas decidi buscar na memória algumas breves impressões que tive do festival. Obviamente assisti tudo pela TV. Não tenho mais idade para me sujeitar a tamanha humilhação.


King Gizzard & The Lizard Wizard, o único show para se lamentar não estar presente.

- Não que eu ache que deva existir uma "camaradagem persuasiva" entre artista e imprensa, mas que vexame foi a Luísa Sonza manifestando ressentimento contra o repórter Gui Guedes né. Típica atitude de quem não sabe lidar com o contraditório.

- E "assisti" o show da Luísa Sonza por cima. Se o fraco repertório, carisma e canto não me espantam, me surpreendi com a produção caída e alta previsibilidade. Pô, perto do que tem feito a Ludmilla, ficou devendo bastante.

- As músicas novas do Marcelo D2 funcionam melhor em disco.

- Não assisti BaianaSystem, The Offspring, Arcade Fire (esse até queria) e Blink 182 (esse também, mas mais pelo ineditismo que pelo som). Fiquei surpreso com os elogios ao Blink (quem foi diz que sentiu a pressão). Surpreso também com muitos se espantando com as cretinices das letras e comentários que eles fazem durante a apresentação. Eles são essa porcaria ai mesmo há três décadas.

- Liguei a TV e tava passando a apresentação da Manu Gavassi. Juro por Deus: não dá pra assistir. Carisma e "performance vocal" inexistente. Mudei com 1 música e meia.

- Vocês chegaram a ver o Hozier? Eu não vi. Queria saber se vale a pena. Já vi coisas bacanas e outras xaropentas dele. As vezes ele manda bem até na guitarra.

- Como li no twitter, "vocalista do Thirty Seconds To Mars é o pior papel do Jared Leto". E achei curioso que ele demitiu toda a banda e agora ficam só ele e o irmão no palco. Quer dizer, em certo momento entram uns fãs e o Marcelo (sim, o lateral esquerdo). Nada faz sentido.

- Todo mundo tem uma banda para gostar e se envergonhar. O Limp Bizkit é a minha. E embora saiba todos os problemas, sejamos sinceros, vocês viram o show? Pô, dentro do que eles se propõem a fazer, eles são muito bons. Pesado, divertido, não se levam a sério, entregam o que o público quer, bem tocado... tudo certo.

- A Re gosta muito de Kings Of Leon, então meio que fui "obrigado" a assistir umas três músicas. O bandinha burocrática hein. Tocam com vontade alguma. Não gosto não.

- Por sorte, a Re liberou a TV pra eu assistir o King Gizzard & The Lizard Wizard. Mesmo com um setlist reduzido (festival é isso aí), foi facilmente não só o melhor show do festival, mas periga ser um dos melhores do ano. Deixaram um pouco de lado a psicodelia e entraram na porrada, com as faixas mais pesadas. Tudo muitíssimo bem tocado. Energia, carisma, canções, técnica... sensacional. Que eles voltem em breve para um show só deles. 

- Ah, acho que foi a primeira vez que relacionei o King Gizzard com Wishbone Ash e Grateful Dead. Tem certa influência em como eles pensam o arranjo de guitarras. 

- Ao que consta, os Titãs fizeram o último show dessa tour de reunião. E por mais que eu goste da banda e tenha adorado assistir um show dessa turnê, já tá na hora de parar mesmo. Já tão no piloto automático novamente. Apresentação cansada.

- Gilberto Gil é um gênio, mas não me emociono com esses shows dele. E olha que o que mais tem é gente emocionada. Acho a banda fraquinha (tem que parar de empregar parente) e o repertório banal. Uma pena. Digo isso com meu máximo respeito e admiração a ele.

- Pessoal adorou o Phoenix. Eu parei de gostar da banda de 2002.

- Sam Smith deve ser um rapaz bacana, entendo a galera gostar (ele tem hits, tem carisma), mas simplesmente não é minha onda. Assisti só três músicas.

- SZA é uma boa cantora e vem construindo uma carreira interessante, mas honestamente não acho que ela já acertou em cheio. É ainda uma promessa.

- Fui na boa vontade, mas Greta Van Fleet não dá. Ao vivo parece ser pior que em disco. Tudo errado, do repertório às roupas. Fora que tocam com mão de alface. Uma dos maiores surtos coletivos é compararem aquilo com Led Zeppelin. Tá mais pra um Slade, só que sem as canções divertidas, a energia, a originalidade e o carisma.

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