sexta-feira, 8 de março de 2024

ACHADOS DA SEMANA: Dungen, The Used, Lee Ritenour, Jesus Jones e Grupo Medusa

Dungen
The Det Lugnt (2004). Isso aqui passou batido por mim quando lançado. Mas li que rolou certo hype quando saiu. Ouvindo agora dá pra entender porque. É um som ácido, garageiro, psicodélico e, até mesmo, krautrock, mas com momentos bem palatáveis, o que fez com que toda a experimentação rockeira soe radiante. A crueza da gravação é uma maravilha. A questão da língua é mais um charme. Há ótimas guitarras. Acho que basta né.

The Used
Rolou aquele festival emo em São Paulo e vi muitos falando da importância do The Used pra cena. Escutando o debut deles, lançado em 2002, fica evidente que eles são a base estética para o que viria se tornar tendência. É a ponte entre o Refused (que adoro) e o Simple Plan (que acho muito ruim). Os momentos de intensidade me agradam, mas há certa “afetação” interpretativa e melodias vocais que atenuam o resultado final. Não é pra mim.

Lee Ritenour
Captain Fingers (1977). Vi um depoimento do Rudy Sarzo em que ele diz que o Randy Rhoads gostava de escutar esse disco no ônibus da tour do Ozzy. Fui ouvir na hora. É aquele jazz fusion que chega a flertar com o smooth jazz em alguns momentos. Complexo e grooveado, mas também muito acessível. Agora, chama atenção o time de músicos presentes num “mero disco de guitarristas” (ótimo guitarrista, mas vocês me entenderam, né?). Ian Underwood, Anthony Jackson e Jeff Porcaro são alguns dos presentes. Além disso, saiu pela Epic. Outros tempos.

Jesus Jones
Doubt (1991). Posso estar exagerando, mas eu diria que é um quase clássico dos anos 90. Claro, muitos adoravam falar mal, mas acho um disco envolvente na proposta, soando encorpado e dançante. Acho que inclusive envelheceu bem, até mesmo no quesito timbres. Em muitos momentos me pareceu o que aconteceria se o Jane's Addiction fosse inglês. Ouça sem preconceitos, é divertido.

Grupo Medusa
Medusa (1981). Fazia anos que não escutava o disco de estreia deste grupo, um álbum histórico do jazz nacional. Talvez o terceiro melhor trabalho que envolve o gênio da guitarra Heraldo do Monte (sua estreia solo e o Quarteto Novo ainda tem lugar maior no meu coração). Aqui também estão o Amilson Godoy (piano) e Cláudio Bertrami (baixo). Todo instrumentista brasileiro tem que conhecer. Obra-prima.

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