Com produção do Mike Elizondo, o álbum reúne camadas sonoras que englobam - além do hardcore - o rock alternativo, indie rock, dream pop, metalcore, r&b, psicodelia, shoegaze e, com maior predominância, o pop punk, vertente que ressuscitou no período, tendo talvez esse álbum como principal expoente. Basicamente eles são o Weezer desta década.
O disco inicialmente chama atenção pela sua capa. Convenhamos, nuvens brancas num fundo rosa nada remetem a um disco de hardcore.
Arpejos fabulosos num sintetizador também não são muito hardcore, mas é assim que começa “MISTERY”, para na sequência receber um riff energético, ótima linha de baixo, refrão melodioso e solo de guitarra tortamente virtuoso. Excelente abertura.
Melhor ainda é o riff de “BLACKOUT”. A faixa se desenvolve em cima de detalhes rítmicos (alguns tocados, outros sequenciados) que engrandecem uma composição simples em estrutura. O refrão transmite emoção através dos berros do vocalista Brendan Yates.
A performance do baterista Daniel Fang em “DON’T PLAY é arrojada e vigorosa, com destaque para o uso do cowbell. Há quase um tempero latino no groove da canção. O riff volumoso e o solo de guitarra (com alavancadas, meio guitarrista shred ruim de thrash metal) é mais um elemento de destaque.
Inicialmente muito mais contida, “UNDERWATER BOI” é de uma beleza pop inesperada. A escolha dos acordes, sua dinâmica crescente, os efeitos de “vento borbulhante” em meio ao arranjo, a melodia do solo de guitarra e o refrão ganchudo fazem da faixa uma das mais especiais do grupo. Vale dizer que ela tem uma participação discreta da Julien Barker.
A intensidade de “HOLIDAY” volta a trazer um clima de euforia jovem ao disco. Guitarras, baixo e refrão altamente pegajosos.
Guardada as devidas proporções, “HUMANOID / SHAKE IT UP” soa como se o Bad Brains tivesse na formação o Wayne Coyne (ou seja, um hardcore psicodélico). A também curtinha “ENDLESS” é mais acessível e melódica, mas igualmente viciante em sua energia.
Por sua vez, “FLY AGAIN” me soa como o que seria uma nova composição do Jane’s Addiction. Ótimo refrão e guitarras.
As guitarras com chorus, o andamento lento e a voz reverberosa em “ALIEN LOVE CALL” chega a destoar do disco (e deste modo, dá variedade e dinâmica ao trabalho). De semelhante há a ênfase melódica, a produção etérea e o apelo emotivo da composição. Muito dessa singularidade se deve a participação do Blood Orange. Inclusive, o artista volta a aparecer em “LONELY DEZIRES”, faixa derradeira que bota o disco lá em cima após a breve, sintetizada e delirante vinheta “NO SURPRISE”.
O ritmo frenético e os timbres repletos de texturas em “WILD WRLD” trazem frescor ao hardcore. Por sua vez, “DANCE-OFF” tem muito rock alternativo, inclusive ao trazer palmas e cowbell no arranjo. O refrão tão explosivo quanto dançante também alimenta essa sensação. Destaque para seu estranho solo de guitarra e poderosa linha de baixo.
O disco inicialmente chama atenção pela sua capa. Convenhamos, nuvens brancas num fundo rosa nada remetem a um disco de hardcore.
Arpejos fabulosos num sintetizador também não são muito hardcore, mas é assim que começa “MISTERY”, para na sequência receber um riff energético, ótima linha de baixo, refrão melodioso e solo de guitarra tortamente virtuoso. Excelente abertura.
Melhor ainda é o riff de “BLACKOUT”. A faixa se desenvolve em cima de detalhes rítmicos (alguns tocados, outros sequenciados) que engrandecem uma composição simples em estrutura. O refrão transmite emoção através dos berros do vocalista Brendan Yates.
A performance do baterista Daniel Fang em “DON’T PLAY é arrojada e vigorosa, com destaque para o uso do cowbell. Há quase um tempero latino no groove da canção. O riff volumoso e o solo de guitarra (com alavancadas, meio guitarrista shred ruim de thrash metal) é mais um elemento de destaque.
Inicialmente muito mais contida, “UNDERWATER BOI” é de uma beleza pop inesperada. A escolha dos acordes, sua dinâmica crescente, os efeitos de “vento borbulhante” em meio ao arranjo, a melodia do solo de guitarra e o refrão ganchudo fazem da faixa uma das mais especiais do grupo. Vale dizer que ela tem uma participação discreta da Julien Barker.
A intensidade de “HOLIDAY” volta a trazer um clima de euforia jovem ao disco. Guitarras, baixo e refrão altamente pegajosos.
Guardada as devidas proporções, “HUMANOID / SHAKE IT UP” soa como se o Bad Brains tivesse na formação o Wayne Coyne (ou seja, um hardcore psicodélico). A também curtinha “ENDLESS” é mais acessível e melódica, mas igualmente viciante em sua energia.
Por sua vez, “FLY AGAIN” me soa como o que seria uma nova composição do Jane’s Addiction. Ótimo refrão e guitarras.
As guitarras com chorus, o andamento lento e a voz reverberosa em “ALIEN LOVE CALL” chega a destoar do disco (e deste modo, dá variedade e dinâmica ao trabalho). De semelhante há a ênfase melódica, a produção etérea e o apelo emotivo da composição. Muito dessa singularidade se deve a participação do Blood Orange. Inclusive, o artista volta a aparecer em “LONELY DEZIRES”, faixa derradeira que bota o disco lá em cima após a breve, sintetizada e delirante vinheta “NO SURPRISE”.
O ritmo frenético e os timbres repletos de texturas em “WILD WRLD” trazem frescor ao hardcore. Por sua vez, “DANCE-OFF” tem muito rock alternativo, inclusive ao trazer palmas e cowbell no arranjo. O refrão tão explosivo quanto dançante também alimenta essa sensação. Destaque para seu estranho solo de guitarra e poderosa linha de baixo.
De groove solar - quase como um Vampire Weekend pós-pandemia -, “NEW HEART DESIGN” é mais uma faixa acessível que entusiasma qualquer um interessado no rock contemporâneo.
“T.L.C (Turnstile Love Connection)” é indiscutivelmente a faixa mais pesada, rápida e contagiante do disco. Seu refrão poderoso, seguido de berros de “boom! boom! boom!”, provoca uma adrenalina viciante. É ouvir e querer sair dando bicas no ar.
Um disco cheio de força interpretativa, cor, texturas, frescor e canções memoráveis. Um álbum de rock que é fruto do presente.
Juliano, com tantos álbuns clássicos, por que abordar no Tem Que Ouvir um disco que foi lançado há menos de 5 anos? Respondo: É que minha filha não para de ouvir e, como já o reconheço como um clássico, por que adiar o inevitável?
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