domingo, 7 de janeiro de 2024

DESAFIO PAIS DO BAURETS - #15discospara2024

Assim como tenho feito nos últimos anos, vou propor um desafio musical para 2024. A ideia é inspirada no Desafio Livrada - o desafio literário do canal Livrada -, que propõe 15 leituras para serem feitas durante o ano.

Serão quatorze discos da escolha de vocês e um escolhido por mim. A única regra é respeitar as categorias.

Por mais que seja simples ouvir 15 discos durante um ano, a ideia é arriscar nas escolhas, tentar algo fora da curva, conhecer gêneros pouco familiarizados e explorar os álbuns de maneira profunda.

Seguem as categorias deste ano:

- Um disco parisiense
Já que Paris é a sede das Olimpíadas de 2024, achei sugestivo embarcar sonoramente no clima do evento. Vale reforçar que não é um álbum simplesmente de um artista francês, mas sim um trabalho que remeta a cidade de Paris.

- Uma trilha sonora da Disney
Em 2024 a Disney comemora 100 anos, então acho que vale conferir alguma trilha sonora feita pelo estúdio de animação. Honestamente, nem conheço tão bem as produções, de modo que também será gratificante (ou frustrante) para mim.

- Um disco com gravação digital da década de 1980
Nessa discussão de "digital x analógico", muitos esquecem que já na década de 1980 tiveram discos com gravação digital. Cito o The Nightfly (1982) do Donal Fagen como exemplo. Bora pesquisas e relembrar eles.

- Um disco de "brasilidade não hipster"
Esqueça os baianos tropicalistas (e principalmente seus herdeiros), as discotecagens do DJ Nuts (e dos gringos que o copiam), discos inflacionados do Marcos Valle e o repertório de samba que rola na Vila Madalena. Procure um disco de brasilidade sem groove discotecaveis, sem ser produto de roda de samba de playboy, viagem de global pra Salvador ou em que a cultura afro-brasileira não tenha sido cooptada enquanto produto para brancos católicos venerarem como se fosse um par de havaianas. Já escutaram Jacob do Bandolim hoje?

- Um disco futurista
Aqui não precisa ser autodeclaro "futurista" pelo artista, mas sim que você interprete desta forma. É um critério subjetivo mesmo. Em tempos onde a IA é tão comentada, vale analisar a música por esse aspecto.

- Um disco de um artista palestino
Neste recém conflito entre Palestina-Israel, o número de morte na Faixa de Gaza já superou os 22 mil, entre os quais 9,6 mil crianças e 6,7 mil mulheres. Esse é o massacre gerado por Israel, um estado racista e colonialista. Todo apoio ao povo palestino.

- Uma coletânea de compactos
Existem inúmeros. Desde os que compilam um artista, ou uma gravadora/selo, ou uma cena.... tem de tudo. É legal analisar a música via compactos.

- Um disco que o artista renega
Aquele primeiro disco imaturo, aquele disco que a gravadora pressionou e saiu sem ser por vontade própria, aquele que foi um fraco artístico e comercial... motivos não faltam para haver álbuns renegados, muito deles injustamente.

- Um disco da 4AD
Uma das principais gravadoras independente da história. Despontaram com álbuns clássicos na década de 1980, mas ainda hoje sai coisa bacana por eles. 

- Uma ópera
Simples assim. Nem vou comentar muito pois também sou leigo. O lance é pesquisar alguma que provavelmente se identifique e embarcar na história.

- Um disco de dub
Mais um terreno de pesquisa para mim. Sei que tem inúmeros selos especializados no gênero. 

- Um disco drogado
Altamente subjetivo. E reitero, não é um disco simplesmente produzido sob efeito de drogas, ele precisa "soar" drogado. 

- Um disco aclamado pela crítica, mas que você não gostou quando ouviu pela primeira vez
Auto explicativo. Momento de dar mais uma chance para aquele disco cabeçudo que só a critica gosta (ou diz gostar).

- Um disco que discute a sexualidade e/ou gênero.
Mais uma pauta cada vez mais presente. Não basta ser produzido por um artista LGBTQI+, ele precisa abordar os temas/dilemas/felicidades/lutas envolto a sexualidade e/ou gêneros.

- What's Going On (1971), Marvin Gaye
Pelo que vi, a Rolling Stone refez aquela lista de 500 Maiores Álbuns da História e manteve esse como número 1. Pensando que uma lista sempre vai ser de alguma forma tendenciosa, acho uma escolha acertada. É um trabalho espetacular. Quem não ouvir, tem que ouvir. Quem já ouviu não terá problema em escutar novamente. 

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