segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Pitacos sobre o THE TOWN

Não fui, mas vi um pouco pela TV. Quero deixar algumas impressões (obviamente, tudo subjetivo e pessoal). Vale dizer que, se nada comentei sobre algum artista especifico, é porque não assisti.

- Racionais é foda. Pode vir chuva, pode colocar em festival tosco… eles não perdem um milímetro da imponência.
- Demi Lovato e Luisa Sonza gritaram mesmo. #fechadocomGuiGuedes
- Post Malone - agora com banda -, faz um show até que divertido. Se eu fosse jovem iria adorar.
- Criolo envelheceu mal (em música, ao que consta ele é “gato”).
- Luisa Sonza também veio com banda. Pareceu animado. Pareceu melhor que qualquer coisa que já vi da Anitta (comparação inevitável). Dito isso, não é minha onda.
- Queria ter assistido o Ney Matogrosso. Vi umas postagens no Twitter e pareceu impressionante. 82 anos e inteiro, em voz e performance. Ele é fudido mesmo.
- Gostei do Leon Bridges. Ele não é espalhafatoso, é sóbrio no que faz. Fora que a banda é um espetáculo, com destaque para o baterista. Ali tem soul, gospel, Steely Dan, r&b contemporâneo, baladas transantes. Bacana.
- Bruno Mars [aqui, uma “análise” após assistir a primeira apresentação dele no festival] é talentoso, carismático, tem um punhado de boas canções, é acompanhado de ótima banda… mas não tenho saco. Acho palha, pastiche (tá achando que é o Prince com essa guitarra, mermão?), brega, r&b de playboy. Mas, reforço, isso é minha impressão. Ele é bom e acho normal as pessoas adorarem. Inclusive, Silk Sonic acho demais e gostaria de assistir ao vivo.
- Gosto muito do Terno Rei, mas eles são muito limpinhos em cima do palco. Essa guitarra “coça barriga” é barra. Falta um vigor, uns timbres de shoegaze… Nada que uma conversa não resolva.
- A Pitty é uma força do rock brasileiro. Entretanto, acho que ela tá andando muito com o pessoal da GNT. Tá muito inofensiva em cima do palco (Garbage na sequência escancarou isso). E olha que a banda dela é impecável, o problema é ela mesmo. Teve uma música que ela fez show pra câmera, fazendo “carão”, uma cafonagem. Ela tem valor pra levantar a bandeira do rock no Brasil, mas parece estar segurando um mastro de papel.
- “Pulsos” da Pitty é mó Cascadura, né? A presença do Martin e a importância da banda (principalmente para os grupos de rock da Bahia) explicam essa questão.
- Por essa não esperava, mas devo dizer que o melhor show do The Town foi o do Garbage. A banda envelheceu muito bem. Shirley Manson tá com uma aura da Siouxsie (inclusive, rolou uma versão pra "Cities In Dust"). Até então não tinha percebido que havia guitarras tão bacanas. Vale ainda dizer que o Butch Vig com bateria eletrônica é um tapa na cara do Lisciel. Sensacional, do repertório à execução.
- Adorei o show do Yeah Yeah Yeahs. Uma pena o desinteresse da platéia (o que demonstra o que é o público do Foo Fighters). Karen O é uma estrela da sua geração.
- Embora não tenha embarcado no disco do Wet Legs, achei bem legal a apresentação delas. É um tosco divertido. A banda soa bem em cima do palco e o público reduzido correspondeu bem ao grupo.
- Foo Fighters ao vivo já me pegou muito, mas hoje acho um saco. Muita jam que vai a lugar nenhum, Dave Grohl com jogo ganho, banda no piloto automático… Sei lá hein.
- Apesar de achar Iza talentosa/carismática/linda, por conta do fraco repertório, confesso que tava bodiado de ouvir o novo disco dela. Mas achei o show tão alto astral que vou dar uma chance.
- MC Carol é rock.
- Mais que qualquer outro, o show da Pabllo Vittar não é pra se ver na TV. É festa e festa não se curte por uma tela. Dito isso, tremenda banda.
- H.E.R. é sempre esse show aí, competente demais. Boas canções, boa cantora, boa presença. Acho que ela manda bem na guitarra, só não precisa fingir que é multiinstrumentista (olha “síndrome Prince” aí novamente) e ir pra bateria.
- Esse Jão é um absurdo de ruim. Não vejo uma qualidade sequer. Se vingar mesmo é porque com dinheiro se consegue tudo.
- Talvez motivado pelo terrível show do Jão, vi com muito mais prazer a segunda apresentação do Bruno Mars no festival. Achei ele mais solto, cantando bem, tocando guitarra melhor, ainda mais carismático. O repertório não me pega em cheio, mas não dá pra dizer que é ruim. A banda soou melhor também. Mordi a língua após criticar a primeira apresentação. Fico feliz com isso.

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