sexta-feira, 10 de março de 2023

ACHADOS DA SEMANA: Sueli Costa, Lynyrd Skynyrd, Jiro Inagaki, Vinicius Cantuária e Rick Wakeman

Sueli Costa
Não tenho vergonha em assumir que nunca tinha escutado um disco da Sueli Costa. Antes tarde do que nunca. Feio seria dar uma de oportunista em cima da triste morte da compositora, conhecida por mim até então na voz de outros intérpretes. Mas pegando o Sueli Costa (1975, produção do Gonzaguinha e arranjos de Paulo Moura e Wagner Tiso) e Sueli Costa (1977, capa de Melo Menezes, produção de Aldir Blanc e João Bosco, além de arranjos do Wagner Tiso), é impossível dizer que ela é uma cantora menor. Muito pelo contrário, ela é elegante e precisa, tanto no canto, mas principalmente nas escolhas harmônicas. Se o primeiro tem uma certa “descontração”, o segundo é mais denso, embora ambos sejam apaixonados. Mera percepção minha, claro. Nas primeiras audições já pegou no coração. Vale dizer que sua excelência enquanto compositora soma força ao talento de Cacaso e Paulo César Pinheiro. Um universo rico em nomes, mas para mim ainda a ser explorado.

Lynyrd Skynyrd
Gary Rossington morreu. Como fazia anos que não escutava Lynyrd Skynyrd, fui passear pelo Spotify da banda. Cheguei ao disco Southern By The Grace Of God (1988), álbum ao vivo que marca o retorno do grupo, trazendo boa formação, incluindo a volta do ótimo guitarrista Ed King. Inclusive, o disco é um show de guitarras. Os três guitarristas estão afiados. Muito recomendado para quem curte o instrumento (dentro da linguagem rock, claro).

Jiro Inagaki
Funky Stuff (1975). Lendo o nome, o que você imagina? Pois então, é isso mesmo: é funky e é japonês. Muito groove em cima de composições jazzísticas. Todo mundo tocando demais (destaque para a cozinha). Vale dizer que os arranjos, composições e pianos (elétricos, claro) são do Hiromasa Suzuki.

Vinicius Cantuária
Pós-O Terço, pós-A Outra Banda da Terra do Caetano Veloso, Vinicius Cantuária lançou em 1982 um ótimo álbum homônimo com a cara da MPB radiofônica do período, ultra polida, ultra bem tocada e, principalmente, impecavelmente arranjada. Tem muito detalhe inserido nas canções. Nem acho ele um grande intérprete, mas as faixas são muito boas. A harmonia de “Vestígios” não é coisa de amador. E que tremendo solo de guitarra do Ricardo Silveira no final de “Você Todo Dia”, hein.
 
Rick Wakeman
Todo velho brasileiro fã de rock (daqueles cabeludos-calvos) que se preze tem memória afetiva com o Journey To The Centre Of The Earth (1974) do Rick Wakeman. Eu confesso que nunca tinha pegado pra escutar, mas ouvindo agora achei bacana. Claro, sua estética é ultra datada, mas me agrada. Eu gosto deste elemento pomposo do rock progressivo. Dito isso, não pretendo reouvir tão cedo.

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