quinta-feira, 23 de março de 2023

ACHADOS DA SEMANA: Spiritual Beggars, Marku Ribas, Richard & Linda Thompson, John Coltrane / Johnny Hartman, John Mayall e Redman

Spiritual Beggars
Posso estar enganado, mas na virada do milênio o stoner não tava tão em alta né? Dito isso, Ad Astra (2000) tem essa qualidade extra. Talvez por isso soa tão honesto e espontâneo. É "apenas" o Michael Amott se dedicando (e se divertindo) à riffs pesados sabbathicos. É o stoner com um pé no heavy e boas melodias. Acho bem bom.

Marku Ribas
Barrankeiro (1978). O que falta pra esse disco tornar-se hype entre a classe média fã de brasilidades e groove? Ele tem tudo isso e muito mais. Isso porque o Marku Ribas é um estupendo cantor, dono de voz grave belíssima e cheia de personalidade. Pra “piorar” ele é acompanhado de instrumentistas do nível do Sivuca, Hélio Delmiro, Luizão Maia, Marçal, dentre outros. Isso sem mencionar que as composições são ultra carismáticas.

Richard & Linda Thompson
Shoot Out The Lights (1982). Só conhecia a clássica estreia da dupla, mas li fortes elogios a esse álbum derradeiro, que o colocava no mesmo patamar do debut. Não é pra tanto, mas é ótimo. Fora que cada vez mais gosto do estilo do Richard Thompson. Que tremendo guitarrista ele é. Pra quem é iletrado no folk inglês, pode ser uma boa porta de entrada, visto que sua produção é mais polida e acessível.

John Coltrane / Johnny Hartman
John Coltrane and Johnny Hartman (1963). O Rick Beato fez uma lista com álbuns que para ele tem a melhor “sonoridade”. Em primeiro lugar ele colocou esse. Pela recomendação e pelo Coltrane envolvido, fui ouvir. É disco de gente rica. Não tenho nem roupa pra ouvir, mas escutando me sinto bem trajado, alimentado e acompanhado. São baladas jazzisticas interpretadas com uma sutileza impressionante ao pé do ouvido. Os dois da linha de frente fazem respectivamente do sax e canto plataformas para a divindade. McCoy Tyner (piano), Jimmy Garrison (contrabaixo) e Elvin Jones (bateria) completam o time. Nada mal. Atenção para cada nota, visto que os músicos tiveram esse cuidado.

John Mayall
Live From Austin, FX (2007). Registro ao vivo de 1993 do ícone do blues britânico. Sendo o John Mayall quem é, temos um guitarrista excelente, neste caso o Coco Montoya, que rouba a cena. Sensacional.

Redman
Se o Method Man soma forças com ele, quem sou eu pra ignorar seus discos? Pensando nisso, peguei o Whut? Thee Album (1992), facilmente um dos grandes álbuns de hip hop do período. Além do flow do rapper estar afiado, há ótimas batidas, muitas delas assinadas pelo Erick Sermon (EPMD). Envolvente, pulsante e estrondoso.

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