sábado, 25 de fevereiro de 2023

ACHADOS DA SEMANA: Roberto Silva, Angelo Badalamenti, Anjos do Inferno, Paulo Moura, Boyd Rice (NON) e Grand Funk Railroad

Roberto Silva
Descendo o Morro Nº3 (1960). Pretendia ouvir sambas festivos neste carnaval, mas o tempo de chuva minguou os planos, sendo esse disco do Roberto Silva uma melhor pedida. Que voz tinha o sujeito, hein. Sem dúvida um dos grandes cantores da música popular deste país. E se o repertório tem composições do Noel Rosa, Ataulfo Alves, Bororó, dentre outros, aí não tem erro. Pra “piorar”, até a capa e a gravação é impecável, essa última, para minha surpresa, dado a época em que foi registrado.

Angelo Badalamenti
Tendo em vista que o Angelo Badalamenti faleceu recentemente e que só agora peguei Twin Peaks para ver, nada mais justo que dar uma atenção extra para a clássica trilha sonora da série. Todas as noites botei no fone pra ouvir antes de dormir. Acho interessante como as composições são melodramáticas e até mesmo cafonas, mas ainda assim verdadeiramente bonitas e emocionantes.

Anjos do Inferno
Os tão criticados algoritmos do Spotify me jogaram para o disco Brasil Pandeiro e Outros Sucessos do Anjos do Inferno, conjunto que até então sequer havia ouvido falar, mas que diante de nome tão fabuloso eu não pude ignorar. É um grupo vocal espetacular, de afinação, interpretações e arranjos magníficos. Ao que consta, surgiu na década de 1930 e teve como integrante o Miltinho. No disco há sambas, marchinhas de carnaval e outras maravilhas. Muito legal.

Paulo Moura
Hepteto e Confusão Urbana, Suburbana e Rural (1976). Mais quantos anos serão necessários pra esse disco ser considerado um clássico nível Coisas do Moacir Santos? Em termos de performance e arranjo, não há nada muito melhor na música brasileira. Repertório ultra versátil que expõe o que há de mais especial no país. Tem samba com virtuosismo, forró pra improvisar, jazz com malemolência. Fino.

Boyd Rice (NON)
Pagan Muzak (1978). 7” que influenciou muito do noise, drone e industrial. O que posso dizer? Uma barulheira primitiva. É um rio enlameado difícil de adentrar. Não é minha onda. Vale só pela pesquisa.

Grand Funk Railroad
No carnaval, por mais que gostei entrar no clima do samba, o rockeiro adolescente que vive dentro de mim também adora reouvir power trios de hardão. Fui no que há de melhor neste sentido. Closer To Home (1970). Composições e performances sem enganação. A crítica da época odiou, mostrando que nunca entendeu nada sobre rock n' roll. A banda pode até ter evoluído em termos de composição posteriormente, mas essa fase inicial é que mais faz minha cabeça.

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