Todd Rundgren
Embora já conhecesse o álbum A Wizard / A True Star (1972), só agora me dei
conta de sua influência para as bandas indies psicodélicas. Escute e perceba
ecos de Flaming Lips, Hot Chip, Tame Impala, Of Montreal, dentre outros grupos.
Mas não é só isso, claro. O álbum seria soberbo ainda que não tivesse inspirado
uma mosca. Composições criativas que não obedecem a nenhuma estrutura (quase um
Frank Zappa mais acessível), execução perfeita (além do próprio Todd, Rick
Derringer e os irmãos Brecker marcam presença), produção moderna pra época...
Fantástico.
Cátia de França
Vinte Palavras ao Redor do Sol (1979), álbum de estreia da cantora que, com
passar do tempo, ganhou status cult. Há uma certa erudição lírica e sonora
dentro da tradição da música nordestina. Zé Ramalho e até mesmo um ainda
desconhecido Lulu Santos aparecem na ficha técnica. Bonito e solar.
Robert Schumman
Um sonho: ter um piano em casa para tocar com minha filha. Como ainda não
consegui realizar, ao menos passo o tempo ouvindo peças para pianos do Robert Schumann
na interpretação do Radu Lupu. É tão preciso (e ao mesmo tempo brilhantemente espontâneo)
que em alguns momentos parece ser MIDI. É a perfeição.
Herbie Hancock
Maiden Voyage (1965). João Marcelo Bôscoli disse ser um dos seus discos
prediletos, então fui ouvir. Na verdade, fui também porque é convite ao sucesso
se debruçar num álbum do Herbie Hancock, ainda mais sabendo que ele é
acompanhado pelo Freddie Hubbard, Ron Carter e Tony Williams. Atenção para leves
toques de bossa nova impressos nos ritmos, principalmente nas conduções de
piano. Influência natural na época. Grande álbum para quem quer se aprofundar
em jazz modal.
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