sexta-feira, 16 de abril de 2021

ACHADOS DA SEMANA: Hot Tuna, Smokey Robinson, Biohazard, Believer e Dionne Warwick

Hot Tuna
Normal preferir o Hot Tuna ao Jefferson Airplane, né? Burgers (1972) é um tremendo disco para quem gosta do rock americano mais tradicional da década de 1970. Tem um cheiro rural e, o principal, boas canções. Aqui fica claro o bom guitarrista que o Jorma Kaukonen é.

Smokey Robinson
Esse lendário cantor chama atenção desde os tempos de Miracles, mas sua exuberante carreira solo guarda outras preciosidades, vide o clássico A Quiet Storm (1975), que com sua sofisticação quase jazzistica dentro da soul music, praticamente criou um subgênero no estilo (justamente chamado de "quiet storm"). Os arranjos são impecáveis, a interpretação do Smokey Robinson é apaixonada, os timbres cristalinos... não tem nada fora do lugar. Perfeito.

Biohazard
É importante saber descarregar a fúria em algo não violento. E em tempos de Bolsonaro e Dória, a raiva é imensa. Quer um alívio? Ouça o Urban Discipline (1992) do Biohazard. É aquele hardcore nova-iorquino com peso/pegada metal num momento de grande eficiência sonora da banda. Até o rap do período desperta influência aqui. Bote no ouvido e saia correndo. Ajuda muito.

Believer
Dimensions (1993), ótimo disco que une o metal progressivo ao thrash metal de maneira extremamente natural, criativa e muito bem tocada. Há algumas passagens de violino que, para nossa sorte, não soa "épico" ou presunçoso. As letras tem um teor cristão, mas que diante do tremendo peso, muitos nem vão se dar conta. Vale dizer que a banda chegou fazer tour com o Sepultura. Bem legal.

Dionne Warwick
Grande interprete da música pop americana sessentista. Ela canta fácil, de forma apaixonada, afinada e convicta. Ouvindo o álbum The Valley Of The Dolls (1968), fiz um paralelo a indústria do cinema americano do mesmo período, que assim como ocorria na música, não economizava dinheiro mesmo diante de obras mais "rasteiras", feitas para o grande público. É o mainstream ultra lapidado, com os melhores profissionais envolvidos. Aqui temos arranjos/produção/composições da dobradinha Burt Bacharach e Hal David. A engenharia de áudio é do Phil Ramone. Isso sem mencionar as orquestrações soberbas. Não querendo soar saudosista, mas vale olhar com carinho para as produções deste período.

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