sexta-feira, 23 de abril de 2021

ACHADOS DA SEMANA: Acabou La Tequila, Art Tatum, Rage, Monster Magnet e Xiu Xiu

Acabou La Tequila
Grupo importantíssimo para a cena alternativa carioca, mas que até então não conhecia. Escutei o homônimo álbum lançado pela banda em 1996. Há uma espontânea, carismática e até mesmo “tosca” intersecção do rock com o ska, o que viria a influenciar outras bandas brasileiras (Los Hermanos, só para citar uma). Vale lembrar que o Kassin fez parte do grupo. Bacana.

Art Tatum
No auge da minha ignorância, assumo que não conhecia este icônico pianista. Peguei o Piano Starts Here (1933) e fiquei impressionado como seu tocar é virtuoso e energético, mas também espontâneo e delicado. Seus dedos parecem dançar pelas teclas. É interessante como, embora fincado no jazz, seu estilo apresenta um approach erudito. Estupendo!

Rage
Durante minha adolescência, essa banda fazia sucesso com alguns amigos, mas eu nunca curti. Entretanto, um vídeo do ótimo baterista Mike Terrana me motivou a revisitar o disco Soundchaser (2003), que hoje me soou muito melhor. Claro, tem algumas melodias (principalmente nos refrães) que são fraquinhas. Entretanto, é tudo tão bem executado e encorpado, que consigo superar as presepadas típicas do speed/power metal.

Monster Magnet
Mais uma banda que mereceu reavaliação minha. Na minha memória era um “rock de rockeiro”, se é que me entendem. E até é mesmo. Mas no meio desta estética retrô meio stoner, há boas composições e, até mesmo, uma influência vocal de Nine Inch Nails. Isso me levou a pensar que até o “pastiche” dos anos 90 era melhor que os pastiches atuais. Parecia mais “real”. O álbum Dopes To Infinity (1995) precisa ser revisitado.

Xiu Xiu
Com disco novo do grupo, decidi explorar trabalhos antigos do Xiu Xiu que até então nunca tinha ouvido. Me refiro aos cultuados A Promise (2003) e o Fabulous Muscles (2004). Gostei de ambos, embora o segundo pareça melhor acabado. O primeiro ainda se perde em alguns momentos de loucuras abstratas, tanto nas composições quanto na escolha de timbres e da produção. Fora aquela capa de péssimo gosto. Mas vale ouvir (e reouvir) atentamente ambos. Banda desde o início peculiar e de gênero indefinido.

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