segunda-feira, 26 de abril de 2021

MINHAS MÚSICAS PREDILETAS DO ROBERTO CARLOS

Era para eu ter feito essa lista há uma semana, quando o Roberto Carlos comemorou 80 anos. Mas sabe como é, sou pai, sou um só, computador pifou... só rolou fazer hoje.

Sem mais papo furado que já estou atrasado, segue a lista sem ordem de preferência, nem número pré-estabelecido. Fui vendo a discografia cronologicamente e marcando minhas prediletas. Vale dizer que mal conheço o trabalho do rei pós 1977. Importante salientar que é uma lista PESSOAL, não das mais importantes, embora não dê para fugir muito do óbvio.

Quero Que Vá Tudo Pro Inferno
Versão de 1965, claro. Embora não seja grande entusiasta da Jovem Guarda, tenho um punhado de canções prediletas do período. Essa é uma das principais. Só de ouvir o Roberto dizendo “inferno” eu já fico feliz.

Eu Te Darei O Céu
O início do rock brasileiro (e da música jovem como um todo) pode ser representado nesta faixa. Me
lodia encantadora, letra bacana e interpretação arrebatadora. Destaque para a guitarra à la Byrds da introdução.

Quando
Aqui o nível de composição cresce muito. Não somente a letra e a melodia são ótimas, mas também o instrumental é muito mais refinado, com direito a arranjo de metais, tremenda linha de baixo (PCB?) e o Lafayette fazendo cama (e solo) com seu teclado característico.

Você Não Serve Pra Mim
Já disse inúmeras vezes: esse é um dos meus riffs prediletos do rock brasileiro. Obra do Renato Barros. Timbre de fuzz afiadíssimo. Aquela pausa cheia de suspense no refrão é o grande momento da faixa. Atenção novamente para os teclados espetaculares do Lafayette.

Sonho Lindo
A qualidade dessa composição, que leva a caminhos melódicos e harmônicos inesperados, é coisa de gênio. Pra completar, um arranjo exuberante que ressalta a excelência da canção.

O Show Já Terminou
A orquestração, o violão, o piano, a cozinha, a melodia... mas, acima de tudo, a interpretação do Roberto. Coisa mais linda.

Se Você Pensa
Aqui começa a incursão pela soul music, com direito a muito groove e arranjo de metais. A voz do Roberto está espetacular, com uma dramaticidade típica sua. Refrão poderosíssimo.

Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo
Uma canção tão espetacular que até perdoamos seu refrão liricamente pobre, que pode ser defendido dizendo que é direto ao ponto. Tremenda composição, de melodia perfeita.

As Canções Que Você Fez Pra Mim
Sempre adorei a música (vai no coração!), mas devo confessar que ultimamente tenho me emocionado mais com a versão da Maria Bethânia. O que tá acontecendo comigo?

Não Há Dinheiro Que Pague
A soul music ataca novamente. Ótima linha de baixo e refrão espetacular.

Nada Vai Me Convencer
Roberto num momento de puro carisma e groove. Simples assim.

Não Vou Ficar
Aquela composição do Tim Maia imersa na soul music que fez uma nova geração revalorizar o Roberto Carlos. Me incluo nessa (e isso já faz uns 15 anos). Gosto muito da interpretação do Rei. Mais uma tremenda linha de baixo.

As Curvas da Estrada de Santos
Lembro de quando criança ir para Santos pensando nessa música. Não ouvia provavelmente desde então e fique impressionado com a gravação. Adorei a expressividade da voz do Roberto.

O Astronauta
Uma das faixas mais ousadas do Rei. Tremendo arranjo orquestrado. Antenado a psicodelia do período.

Detalhes
Aqui começa a seção “álbum de 1971”, um dos discos da minha vida. E começar um álbum essa música é apelação. O mais alto nível da canção romântica popular. Singelo arranjo (com direito a flauta de Altamiro Carrilho). Roberto com tristeza tenta se afirmar como um parceiro inesquecível, embora melodicamente pareça estar se enganando.

Como Dois e Dois
Um dos grandes momentos do Roberto enquanto cantor. Pausado, convicto e elegante. Atenção para o baixo melódico e pulsante do Paulo César Barros.

A Namorada
Surpreende a capacidade do Roberto de armar uma sequência melódica mais ganchuda que a outra, até desaguar no catártico refrão. Dramático, no melhor sentido dessa palavra.

Você Não Sabe o Que Vai Perder
Adoro o som orgânico dessa captação. Das melhores canções “rockers” do Rei.

Traumas
Ao lado de “Desculpe” do Arnaldo Baptista, uma das canções mais tristes da música brasileira. De verdadeiramente fazer chorar. Interpretação dilacerante sobre memórias relacionadas ao acidente que tirou sua perna. Ultra melancólica.

Eu Só Tenho Um Caminho
Outro grande momento vocal do Rei. Simplesmente maravilhosa.

Todos Estão Surdos
Um sujeito que já compôs uma maravilha dessas não pode se orgulhar de ter feito a péssima “Jesus Cristo”. A grande música messiânica do Rei.

De Tanto Amor 

Lembro de um dia despreparado me deparar com essa música (num filme ou na rádio, não lembro). Bateu muito forte. Mais uma vez a maestria está na melodia e na performance vocal.

O Homem
Retiro o que disse logo acima, essa sim é a grande música messiânica do Rei. Adoro o arranjo e a linha de baixo. 

À Janela
Das melhores aberturas de disco do Rei. Arranjo e lirismo elevadíssimo. Abraça o brega com enorme classe.

Como Vai Você
Durante muitos anos considerei essa música uma tremenda cafonísse. Hoje tenho para mim que é o ponto alto interpretativo do Roberto e, provavelmente, uma das grandes performances vocais da canção popular brasileira. Que vibrato, que projeção de ar, que verdade, que força no refrão... Impressionante!

Por Amor
Não por acaso a faixa leva esse nome, visto que é das grandes canções de amor. O Roberto tava cantando demais nesta época! Esse arranjo orquestrado - guiado pelo violão de nylon e um discreto teclado à la Lafayette - é lindíssimo. Fora que "mas você precisa saber que eu ainda tenho um pouco de orgulho em mim e, embora quase morto, eu tenho aquele amor, mas eu não vou deixar você me ver assim" é muito forte. O cara tá no "submundo". 

O Portão
Mais uma tremenda performance vocal (principalmente no refrão). Canção tão triste quanto carismática. Só o Roberto para dizer “meu cachorro me sorriu latindo” e a gente não somente levar a sério, mas também entender o que ele quer dizer.

Os Seus Botões
Aquele drama que atinge o peito, quer você queira ou não. Lindo arranjo e performance perfeita do Roberto. Inclusive, não sei onde foi gravado, mas que sonzão tem o Roberto 1976, né?

Nosso Amor
Só essa linha de baixo já é motivo suficiente para mencionar a faixa. Mas tem também angústia e um refrão sublime.

Muito Romântico
É genial perceber como o Roberto imprime a personalidade composicional do Caetano através da sua interpretação. A maneira com que ele pontua as palavras é um absurdo. Além disso, mais uma espetacular linha de baixo.

Força Estranha
Música por música, a versão da Gal Costa pra composição do Caetano Veloso é muito melhor e mais representativa. Todavia, aqui o refrão é entoado com uma, adivinhem... "força tamanha" que não pude ignorar.

As Baleias
A última grande composição do Rei que me recordo. Música de teor ecológico. Bela melodia.

Amor Perfeito
O arranjo é ultra cafona, a produção é datada e a interpretação é nada inspirada, MAS, sou fã da parceria do Michael Sullivan com o Paulo Massadas, sendo a melodia e a letra do refrão uma paulada no coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário