Bud Powell
No auge da minha ignorância, ainda não havia dado a devida atenção ao pianista Bud Powell, um dos ícones no instrumento. Peguei o The Amazing Bud Powell (1952) e é uma cacetada, não só do pianista, mas também do lendário Sonny Rollins (sax) e do Roy Haynes, que eu tenho percebido ser um dos meus bateristas prediletos de jazz. Ele sempre rouba a cena! Tremendo disco. Uma das grandes "A Night In Tunisia" que já ouvi.
Anita Baker
A Pitchfork fez um texto sobre o álbum Rapture (1986) e eu corri atrás do atraso e fui ouvir. É o pop americano oitentista radiofônico no auge da lapidação, talvez não de composição, mas de gravação e execução. Na ficha técnica é possível encontrar nomes como Rod Temperton, Greg Phillinganes, Paul Jackson Jr., John Robinson e Paulinho da Costa. Só por isso já vale dar uma chance.
A.R. Kane
Sixty Nine (1988), o shoegaze ainda em estado embrionário. Guitarras não menos que cósmicas e estridentes. A produção é criativa (pra não dizer esquisita) e há ótimas canções. Gosto muito também da interpretação apaixonada do vocalista. É mais que o suficiente para levar a conhecer essa pérola obscura do rock alternativo.
U2
Embora adore avacalhar com o U2, devo confessar que acho a banda sensacional. Assisti por acaso um show deles no México na época do disco POP (1997), que diga-se de passagem, não é tão ruim quanto dizem. Tem um punhado de canções legais ali no meio. Mas voltando a apresentação, é incrível como mesmo distante do auge, a banda é certeira. Performance perfeita de todos, inclusive do Bono, vocalista que nunca fui com a cara. Curiosamente, na sequência vi um show do Pearl Jam, banda de shows sempre elogiados. Aqui entre nós, não deu nem pro cheiro para o grupo de Seattle.
ROT
Com a triste morte do Alex "Bucho", fui rever o álbum Cruel Face Of Life (1994) do ROT, que se não me engano foi gravado pouco antes dele entrar na banda. Todavia, é um clássico do grindcore nacional e, porque não, mundial. É nervoso, selvagem, brutal e também tosco. Um registro de muita coragem e influência dentro do metal extremo brasileiro. Aproveito para apoiar a campanha para que 7 de abril seja conhecido como "Dia Nacional do Grindcore". Uma pequena homenagem a esse agitador do gênero no país.
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