sexta-feira, 26 de março de 2021

ACHADOS DA SEMANA: Lenine & Marcos Suzano, Neon Indian, Robert Plant, Devin The Dude e Obituary

Lenine & Marcos Suzano
Olho de Peixe (1993), daqueles clássicos que sempre ouvi falar, mas não tinha dado a devida atenção. São dois artistas singulares dentro de suas abordagens. O Lenine é um compositor/violonista/interprete ultra talentoso, que conseguiu até mesmo oxigenar a estética da MPB. Já o Marcos Suzano criou uma nova linguagem no pandeiro (diretamente influenciada pelo Jorginho do Pandeiro), difundida exatamente neste disco. Pérola da música brasileira nem sempre lembrada.

Neon Indian
Psychic Chasms (2009), álbum que ajudou a definir e difundir a estética chillwave, baseada em colagens de cultura pop, produções lo-fi (e retrô, com abuso de timbres oitentistas), além de trejeitos do dream pop, synth funk e psicodelia dentro de um ambiente indie pop. O resultado é solar e agradável. Não é exatamente minha onda, mas tem sua graça. Vale conhecer.

Robert Plant
Adoro o inicio e os mais recentes trabalhos solo do Robert Plant, mas confesso que havia uma lacuna da sua carreira nas minhas audições na década de 1990. A começar pelo Fate Of Nations (1993), espetacular disco que conta com as guitarras do Kevin MacMichael. Mesmo num álbum genuinamente de rock, o eterno Led Zeppelin arruma sempre uma maneira de ser "fora da curva".

Devin The Dude
Just Tryin' Ta Live (2002), ótimo álbum do Devin The Dude, rapper de flow bastante particular, que consegue ser ao mesmo tempo pausado, feroz e fluido. Adoro como ao trazer elementos do r&b, o disco acaba soando mais orgânico, mesmo usando timbres digitais. A produção beira o cristalino.

Obituary
Cause Of Death (1990), um clássico do death metal que até então não tinha dado a devida atenção. Ao mesmo tempo que gosto da criação dos riffs e da performance nocauteante, alguns timbres não me descem bem. Veja por exemplo o bumbo com tanto kick que parece som de digitando o teclado no computador. Fora as guitarras abelhudas remetendo ao pedal Metal Zone da Boss (curiosamente isso ocorre só nas bases, nos solos o timbre é bacana). Nada que uma nova mixagem não corrigisse os "problemas", apesar que acho representativo no desenvolvimento do estilo essa "estética" timbristica.

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