Asian Dub Fundation
Ouvi falar duas vezes deste grupo somente neste mês (durante a entrevista do Régis Tadeu com o Iggor Cavalera e depois uma menção feita pelo Gastão Moreira). Foi o suficiente para desenterrar o álbum Community Music (2000). Gosto como eles trazem o lado negro da Inglaterra em boas faixas que misturam rap, ragga, dub e pop. Uma alquimia rica e acessível. Tudo com boa produção e performances cheias de atitude.
Teddy Pendergrass
Lembro de um texto do André Barcinski que mencionava como esse cantor fez enorme sucesso, principalmente com o público feminino, o que levou ele a fazer shows exclusivos para mulheres. Lembro também de ler que ele sofreu um grave acidente que o deixou paraplégico. Mas o que me trouxe ao disco Teddy (1979) foi o fato do Freddie Gibbs ter pego a estética da capa para seu álbum Freddie (2018). Voltando ao Teddy, é uma aula de r&b, principalmente daquela escola da Philadelphia International. Os arranjos são um espetáculo. Seu canto é de afinação e dicção perfeita. Há uma certa cafonice radiofônica, mas que pessoalmente muito me agrada. Bem legal.
Djavan
Não coloco o Djavan no primeiro escalão da MPB (aquele de Chico, Caetano, Gil, Milton, João Bosco e outros), mas ele tem seus grandes momentos. Aquela fase Alumbramento (1979), Seduzir (1980) e Luz (1982) é uma preciosidade, muito pelo fato da produção ainda não ser tão pasteurizada. Mas claro, o grande ouro é sua capacidade e personalidade lírica. Musicalmente adoro principalmente as músicas com o Sizão Machado no baixo. Vale relembrar o auge do artista.
Silverchair
Por acaso deu vontade de revisitar o Silverchair, banda que não é espetacular, mas também não é tão terrível quantos muitos acusam. Gosto de algumas faixas do Freak Show (1997), embora entenda que surfar na onda do grunge fez soar meio fake. Agora, tanto o Neon Ballroom (1999) quanto o Diorama (2002) são belos álbuns. Mesmo o Young Modern (2007) é subestimado. Tem muito de uma estética melódica grandiloquente (no bom sentido) típica do pop rock inglês (embora eles sejam australianos). É muito bem arranjado, produzido e tocado. Recomendo ouvir sem preconceitos.
Overkill
Feel The Fire (1987), clássico do thrash metal old school. Daqueles de calça jeans colada, jaqueta/colete com patch e tênis reebok branco cano alto. Curiosamente, acho musicalmente menos tosco se comparado ao que a banda viria fazer no futuro. Não é tão bruto, mas é mais orgânico e com muita atitude. Para quem gosta do estilo é prato cheio.
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