sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

ACHADOS DA SEMANA: MC Lyte, Bisk, Abida Parveen, James Blackshaw e Victor Assis Brasil & Luiz Eça

MC Lyte
Pensando em todo esse reboliço envolto da Karol Conká (que pessoalmente nunca fui com a cara e artisticamente sempre achei superestimada) pensei em fazer uma lista de grandes mulheres do rap. O problema é que há uma lacuna em mim neste segmento. Claro, poderia falar da Erykah Badu, Lauryn Hill, Missy Elliott e Queen Latifah, mas nada além disso. Foi então que numa breve pesquisa cheguei ao nome da MC Lyte, uma das primeiras estrelas femininas do hip hop. Lyte As A Rock (1988) é uma pérola do estilo. Ela apresenta carisma incisivo em canções envolventes. Quero agora me aprofundar em outras artistas, inclusive as nacionais. Aceito sugestões.

Bisk
Vi que esse produtor japonês lançou novo trabalho, mas ao pesquisa-lo, foi o disco Strange Or Funny Ha-ha ? (1997) que me pareceu mais atrativo de se ouvir. E é bem curioso mesmo. É um IDM ainda em desenvolvimento. Entretanto, se lançado hoje ainda soaria a frente do tempo. Timbres e texturas espetaculares. Composições nada lineares. Ótima produção. Tá de bom tamanho.

Abida Parveen
Uma das vozes mais conhecidas da música muçulmana e paquistanês. Ouvi mais pela curiosidade sonora mesmo, sem fazer grande pesquisa, até porquê sou extremamente leigo neste segmento cultural tão rico em memórias geográficas, religiosas e politica. Para nós, meros apaixonados por música, impressiona de imediato a voz poderosa, as melodias complexas e a interpretação apaixonada da artista. Vale dar uma pesquisada. Escutei o álbum Baba Bulleh Shah (2001, que traz texto do poeta/filósofo sufi), mas tem um vasto material no Spotify.

James Blackshaw
Não conhecia o trabalho deste violonista, mas vi ele sendo citado como referência para diversos instrumentistas que eu imaginava terem sido influenciados pelo Michael Hedges. Escutei o elogiado The Cloud Of Unknowing (2007) e gostei muito do que ouvi. Seu violão, mesmo em primeiro plano, está a propósito de algo maior dentro da composição. De algum modo, tecnicamente me lembrou o trabalho do Bert Jansch, só que numa linguagem mais "dream" e contemporânea. É bacana.

Victor Assis Brasil & Luiz Eça
Ao Vivo no Museu de Arte Moderna (1991), gravado em 1979, contendo o desabrochar da parceria de um jovem Victor Assis Brasil (que com pouco mais de 30 anos já voava em seu sax) e um já experiente Luiz Eça (pianista/compositor/arranjador dos melhores que o Brasil já viu). É a música instrumental brasileira num dos grandes momentos.

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