sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

ACHADOS DA SEMANA: Chick Corea, Anberlin, Nancy Sinatra e Coroner

Chick Corea
Como bem previ, foi inevitável não relembrar alguns álbuns do Chick Corea durante essa semana. Deixo aqui alguns destaques: Now He Sings, Now He Sobs (1968), uma performance de trio de jazz para ninguém botar defeito, com direito a bateria criativa/técnica/espontânea do Roy Haynes; A.R.C. (1971), uma paulada de tirar o fôlego, com improvisos ultra velozes e o baixo do lendário Dave Holland; Crystal Silence (1973), ao lado do genial vibrafonista Gary Burton (inclusive tem um vídeo deles no Tiny Desk que vale muito ver); Romantic Warrior (1976) do Return To Forever, uma pérola que ajudou a aprofundar minha paixão pelo jazz rock/fusion; além de uma apresentação do Chick Corea em 2018 ao lado do John Patitucci e do Dave Weckl, onde cada um supera o próprio talento. Absurdo! Chick Corea já está fazendo muita falta.

Anberlin
Ouvi um podcast em que o Lucas e o Tavares (respectivamente líder e ex-Fresno) dissecam a discografia do Anberlin. Diante disso, resolvi dar nova chance ao grupo, mais precisamente ao disco Never Take Friendship Personal (2005), que por mais que não faça minha cabeça, fica clara a qualidade técnica e até mesmo o cuidado nos arranjos dentro da estética emo/pop punk. Inclusive, tem muito do que se tornaria tendência através do Paramore.

Nancy Sinatra
Start Walkin' 1965-1976, compilação lançada há poucas semanas desta artista que nunca tinha dado a devida atenção. As canções são ótimas, trazendo uma aura do yé-yé francês para o pop americano. É charmoso, muito bem interpretado (filha do homem, né) e com arranjos/gravações primorosas. Muito do lado mais "blasé" do pop contemporâneo tem suas raízes aqui.

Coroner
Embora o Metallica tenha em certo momento "progressivado" suas composições, ao ouvir o Mental Vortex (1991) fiquei surpreso em como o cruzamento do thrash metal com o metal progressivo pode funcionar muito bem. Nem é tanto a minha praia, mas é nítida a tentativa de sair dos clichês dentro de um estilo que estava preste a estagnar.

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