ALI FARKA TOURÉ
Assisti recentemente o espetacular documentário They Will Have To Kill Us First, que mostra a efervescente cena atual da música do Mali, de nomes como Songhoy Blues. Embora o país tenha tido a sua música proibida, é espantoso o quão isso gerou bons frutos artistícos. Dito isso, me deu vontade de relembrar o trabalho do Ali Farka Touré, um dos grandes heróis do Mali. O álbum Savane (2006) foi muitíssimo celebrado quando lançado. Sua parceria com o Ry Cooder também merece atenção especial. É transcedental.
DI MELO
Embora conheça o hype envolto o nome do Di Melo, até então não tinha parado pra ouvir seu cultuado disco homônimo lançado em 1975. E não é que é um espetáculo mesmo! As composições são ótimas, ele é carismático nas interpretações e, o principal, tem execução primorosa de instrumentistas do porte de Hermeto Pascoal, Heraldo do Monte e Cláudio Beltrame. É o soul brasileiro em um de seus melhores momentos.
HUM
A volta do Hum foi bastante comentada esse mês, o que me causou certa vergonha, porque sequer conhecia o grupo. Ouvi o disco Downward Is Heavenward (1998) e gostei parcialmente. Tem um peso bem interessante para época, ótimos riffs e climas densos dentro de uma atmosfera palatável, parecendo um post-grunge com hard moderno e shoegaze. É curioso como tem traços do que duas bandas fizeram posteriormente, sendo que uma adoro e outra detesto: Deftones e Creed. Resumindo, não é nada brilhante, mas vale conhecer.
ROYAL TRUX
Accelerator (1998), ótimo disco do Royal Trux. Acho legal como a banda pega alguns clichês do rock e traz enorme personalidade devido a produção/interpretação toscamente encantadora. É criativo e tem energia. Bem legal.
VANDENBERG
A fase do Whitesnake com o Adrian Vandenberg nunca chamou minha atenção. Entretanto, fiquei sabendo desse grupo dele pré-"Coverdale band" e decidi ouvir a estreia lançada em 1982. É um hard heavy que, por mais que não faça a minha cabeça, é bom dentro da proposta. O vocalista é fraquinho, mas tem ótimas passagens de guitarra (bem influenciado pelo Ritchie Blackmore, diga-se de passagem). Ao que consta a banda voltou recentemente após décadas paradas, mais aí é revisionismo demais pra mim.
MANIC STREET PREACHERS
Não havia até então me atentado ao disco Journal For Plague Lovers (2009) do Manic Street Preachers. O álbum recupera algumas letras do Richey Edwards. Há também a produção especialmente orgânica do Steve Albini. Curioso que, por mais que o álbum se enquadre no tópico rock alternativo/britpop comum ao grupo, há alguns elementos que me soam como os rumos que o hard rock deveria ter tomado. Bem legal.
THE MOUNTAIN GOATS
Tenho uma certa queda por "discos bíblicos" lançados por artistas "seculares". Sendo o John Darnielle o ótimo compositor que é, The Life Of The World To Come (2009) é um destaque neste sentido. Tem algo de Nick Cave ali. Tudo dentro de uma estética crua de folk rock alternativo.
FAT BOYS
Vi por acaso um episódio do Todo Mundo Odeia o Chris onde ele aponta a influência do Fat Boys dentro do hip hop oitentista, inclusive ao explorar a arte do beatbox. Com isso, peguei o debut deles para conferir. É bem bacana, não somente pelo recurso rítmico vocal, mas pelos beats crus e a interação dos MC's.
MARILLION
Agora que me tornei pai me dou o direito de assumir gostar do "progressivo decadente" do Marillion. Ao menos na fase com o Fish, o maior imitador do Peter Gabriel. Misplaced Childhood (1985) é um clássico. Meio cafona, pasteurizado e ultra polido? Sim, mas as composições são boas.
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