terça-feira, 20 de março de 2018

Lollapalooza 2018

O festival Lollapalooza nasceu em 1991. Criado pelo porra-louca Perry Farrell (vocalista do Jane's Addiction), o evento era uma saída alternativa ao "rock comercial". Foi lá que grupos como Pearl Jam, Rage Against The Machine e Nine Inch Nails tiveram o primeiro contato com um grande público.

Hoje, administrado pela grande Live Nation - empresa de entretenimento que agencia artistas como U2 e Madonna, além de ser dona de diversas arenas ao redor do mundo -, o Lollapalooza em nada representa sua proposta inicial. Ele já está completamente inserido ao corporativismo.

A próxima edição do festival acontece neste fim de semana em São Paulo no Autódromo de Interlagos, aquele lugar de difícil acesso feito para corridas de F1. Imagine se deslocar a pé naquele enormidade. Tem quem encare! Portanto, deixarei algumas dicas dos shows mais interessantes do evento.

Lembrando que os shows são televisionados, ou seja, uma boa opção para quem quer evitar o ingresso de valor proibitivo, o desfile do público "indie", fila para banheiro, fila para comida/bebida...

Pearl Jam
Não é minha onda, mas comparado a boa parte dos escalados para o festival eles são quase os Ramones. 

Red Hot Chili Peppers
Ao mesmo tempos que eles tem ótimas músicas, eles são uma das bandas que pior monta repertório. Todavia, se o Flea e o Chad Smith estiverem em noite inspirada, ganha alguns pontos. Já esse guitarrista novo é um paspalho e o Anthony Kieds é o Dinho Ouro Preto internacional. Indicado somente para quem tem memória afetiva com a banda.

Lana Del Rey
Ela não é maravilhosa, mas também não é tão ruim (ao menos em disco). Dê uma espiada por sua conta em risco.

LCD Soundsystem
Disparado o show que mais quero assistir. Os discos são muito bons, o James Murphy é ultra talentoso e no palco costumam ser acima da média. Quando a banda e o público entram em sintonia beira o absurdo.

Chance The Rapper
Dentre os rappers mais novos que caminham pelo mainstream, esse é um dos mais talentosos. Acho o disco Coloring Book bem bacana. Não sei como é ao vivo.

The National
Sabe aquela banda que a gente reconhece qualidade, mas que o som simplesmente não "bate"? Pois é. Vai que ao vivo empolga. Tem música legais.

Liam Gallagher
Ele é um xarope, mas ninguém pode acusá-lo de não saber o que está fazendo. Seu último disco é bem bom. Ao vivo existe um vestígio de imprevisibilidade interessante. 

David Byrne
Ele é uma lenda. Seu disco recente é bom. Seus shows são bem pensados. Sua banda costuma ser excelente. Vai funcionar num palco enorme dentro de um festival em que o público médio tem 23 anos? Provavelmente não! À conferir.

Royal Blood
Mais uma banda que não faz minha cabeça, mas que tem músicas agitadas e encorpadas que devem agradar o público. Lembrando que, embora eles sejam um duo, eles já estão acostumados com palcos enormes.

Anderson .Paak
O cara tem músicas legais, uma ótima banda e é um excelente performer. Até na bateria ele manda bem. Para quem curte a fusão de rap com r&b e funk é prato cheio.

Volbeat
Tudo que o Nickelback queria ser. Isso não é exatamente um elogio, mas...

Metronomy
Um eletropop indie confuso que as vezes dá certo, as vezes não. Ao vivo pode ser divertido ou uma porcaria estrondosa. Honestamente não sei.

Mac Demarco
Mais um caso em que não sei se funciona ao vivo. Mas ele é maneiro e tem um punhado de canções legais.

O Terno
Já achei o grupo mais divertido, mas eles são competentes e o público adora. 

Ego Kill Talent
Banda brazuca ultra competente, mas que pessoalmente acho chata. Não gosto mais devido o repertório do que a execução, sendo assim, ao vivo pode funcionar.

Spoon
Pô, nem sabia que ia rolar. Quando o assunto é bandas de indie rock ainda atuantes, não costumo lembrar de muitas melhores. 

Mahmundi
Tem alguém fazendo música pop no Brasil atualmente com mais qualidade que a Mahmundi? Ela é muito talentosa.

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