Uma lista óbvia, mas preciosa. Curiosamente todos os álbuns lançados num espaço de 4 anos.
Nelson Cavaquinho - Nelson Cavaquinho (1973)
Uma amostra emocionante da tristeza de Nelson Cavaquinho, retratada tanto em suas composições quanto na sua interpretação única de dicção falha e sincera. Se as clássicas "Juízo Final" e "Folhas Secas" não te provocam nenhuma emoção, então há algo de muito errado com você.
Paulinho da Viola - Nervos de Aço (1973)
Paulinho da Viola é elo perfeito entre o que há de mais tradicional no samba com a modernização quase erudita do estilo através de sua poética exuberante e arranjos pouco convencionais de suas canções. Isso sem falar na sua voz maravilhosamente delicada. Nervos de Aço é seu auge.
Adoniran Barbosa - Adoniran Barbosa (1974)
Décadas de cultura proletária imigrante em um único disco. Um documento fundamental do samba paulista. Isso sem falar na charmosa voz de tabagista do Adoniran.
João Bosco - Caça à Raposa (1975)
Um símbolo da cultura afro-brasileira, parceiro de Aldir Blanc, dono de um violão singular, que fez do ritmo sincopado do estilo algo ainda mais complexo. Não por acaso o repertorio envolvente desse disco deixou Elis Regina boquiaberta.
Cartola - Cartola (1976)
Do morro, via Cartola, veio o que há de mais sofisticado na estética da canção popular. Um duro golpe a quem atribui a baixa cultura aos subúrbios. São poucos os que escrevem tão bem quanto o Cartola. No momento, ao som da melodiosa "O Mundo É Um Moinho", não consigo pensar em nada melhor que isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário