quarta-feira, 14 de outubro de 2015

TEM QUE OUVIR: Megadeth - Rust In Peace (1990)

A década de 1990 começou bem para o thrash metal. Com a saturação do glam metal e o grunge derrubando as barreiras do mainstream, a visceralidade técnica de grupos como Metallica, Pantera, Sepultura e Megadeth começou a ganhar maior espaço comercialmente.


Parcialmente limpo das drogas, Dave Mustaine mantinha sua árdua luta em tentar superar o Metallica. A história mostra que comercialmente não deu muito certo, tendo em vista que seu antigo grupo lançou o mega sucesso Metallica - Black Album (1991). Todavia, artisticamente, Mustaine que ficou com o prestigio do público headbanger ao não fazer concessões comerciais.

Após recrutar o virtuoso guitarrista Marty Friedman, o ótimo baterista Nick Menza e fincar as estruturas do grupo ao lado do baixista David Ellefson, Mustaine fez do Rust In Peace um guia do speed metal e thrash metal.

Logo na introdução de "Holy Wars... The Punishment Due", uma cascata de riffs fantásticos, viradas de bateria com cavalares bumbo duplo, solos de guitarra virtuosamente melódicos e diferentes dinâmicas. Um clássico do metal e, para muitos (inclusive eu), a grande faixa do Megadeth.

Mas o sucesso comercial veio com o hit "Hangar 18", faixa com solos de guitarra desafiadores, evidenciando a qualidade técnica do grupo. "Tornado Of Souls" também é dona de emblemático solo, inclusive fazendo uso de intervalos melódicos nem tão usuais dentro do heavy metal.

A banda ainda acerta nas intensas e elaboradas de "Take No Prisoners", "Five Magics" e "Rust In Peace... Polaris", todas donas de introduções que são verdadeiras cacetadas. Vale dizer o som quente, orgânico, braçal e cristalino extraído na produção.

Se por um lado a voz de Pato Donald de Mustaine causa distanciamento de alguns, seu talento como compositor e as ótimas partes de guitarra prevalecem nas canções. Disco fundamental para o thrash metal.

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