sexta-feira, 24 de julho de 2015

TEM QUE OUVIR: System Of A Down - Toxicity (2001)

Em 2001 o new metal já era uma realidade. Bandas como Limp Bizkit e Linkin Park estavam na crista da onda do rock mainstream. Todavia, a imaturidade das bandas citadas não permitia que o estilo fosse levado a sério. Com o System Of A Down a coisa começou a mudar.


Se no ótimo disco de estreia a banda já mostra para que veio, com Toxiciy (2001) as composições soam ainda mais densas, frenéticas e sagazes. Muito disso graças a produção fantástica do sempre impecável Rick Rubin.

A intensidade visceral de "Prison Song", "Needles" e "Deer Dance" não nos faz esquecer a qualidade melódica por trás das canções, ora com influência do Frank Zappa, ora remetendo a música da Armênia. Isso se faz presente desde o estilo vocal bizarro/anasalado do Serk Tankian, passando pelos riffs mastodônticos do criativo Daron Malakian. 

Chega a ser cômico ouvir faixas como "Jet Pilot" e "Shimmy", tamanha a estranheza sonora e o surrealismo poético tão realista para um EUA daquele período. Aqui a politica é abordada com louvável sensibilidade e humor.

Entre as canções que mais chamaram a atenção do público está a tão paranoica quanto emotiva "Chop Suey!", a dramática "Toxicity" (com direito a ótima bateria de John Dolmayan) e a épica "Aerials", que une peso e beleza de forma avassaladora.

Criativo, pesado, inteligente, além de elegantemente divertido e melódico, o heavy metal finalmente superava as heranças datadas do Black Sabbath, Iron Maiden e Metallica, apontando para novos rumos, que de tão particulares, não foi alcançado por nenhum outro grupo. SOAD reina em seu mundo distópico.

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