Bug (1988) é o aperfeiçoamento sonoro da proposta que a banda já havia apontado nos dois discos anteriores, lançados também pela SST.
É hipnotizante o som monolítico alcançado por J Mascis através de amplificadores vintages, guitarra fender jazzmaster e pedais de fuzz. Já o baixista Lou Barlow tenta equilibrar as camadas de ruído com frases pontualmente melódicas. E assim segue o disco todo, intercalando entre sujeira e doçura. Os maiores exemplos disso são as maravilhosas "No Bones", "Let It Ride" e a lisérgica/climática "The Post".
Mais próximo de um resmungo que do canto, J Mascis se projeta ao microfone com sua voz frágil e melódica. "Yeah We Know" e "Pond Song" evidenciam tais características.
São incontáveis as bandas que ainda hoje tentam emular a sonoridade de "Freak Scene" - que chegou a fazer algum sucesso nas rádios alternativas inglesas - e "They Always Come" - excelente bateria do subestimado Murph -, ambas tão acessíveis quanto viscerais em suas performances. O disco ainda tem espaço para a intensa "Budge" e a anárquica "Don't".
Logo após o lançamento de Bug, Mascis e Lou Barlow se desentenderam e o baixista perdeu o posto, que só recuperou 16 anos depois. Nesse meio tempo ele montou o Sebadoh, outro gigante do rock alternativo americano. Já Dinosaur Jr. crescia em popularidade e influenciava uma banda que começava a chamar a atenção: o Nirvana.
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