O Ministry pode ser divido em duas fases: na primeira, a banda bebia do som dançante do New Order e Depeche Mode, não se saindo tão bem quanto suas referências. Na segunda, o grupo sofre uma mutação e agrega guitarras insanas aos pesados ritmos eletrônicos, criando um estilo único que seria batizado como rock industrial. Isso se deu justamente no acachapante The Land Of Rape And Honey (1988).
A banda nada mais é que o alter ego do seu líder, o porralouca Al Jourgensen, que fazia da sua vida e de seus shows um perigoso e atraente ato, regado a drogas, confusões e obscenidades. O mais legal é que sua personalidade conturbada é refletida em sua música.
Embora seja a figura central do Ministry, foi em parceria com Paul Barker que Al encontrou seu caminho sonoro. A bateria eletrônica estranhamente dançante - embora swingada feito uma britadeira - soma-se perfeitamente aos timbres agressivos das guitarras e sintetizadores, além dos berros esquizofrênicos de Al em "Golden Dawn", "Destruction", "The Land Of Rape And Honey" e "You Know What You Are".
Em meio a esse conceito apocalíptico nasceu a clássica "Stigmata", faixa
que foi decisiva para o que viria fazer anos depois grupos como Nine
Inch Nails, The Prodigy, Korn, dentro outros.
É incrível como "The Missing" e "Deity" transitam tanto no punk rock e thrash metal quanto no pós-punk e bigbeat. Já "Hizbollah" mergulha em território eletrônico.
Talvez aqui esteja a pedra fundamental do cruzamento da música eletrônica com o rock, embora provavelmente Al Jourgensen estivesse apenas externando toda a loucura que passava por sua mente corrosiva. The Land Of Rape And Honey é pura adrenalina e chapação.
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