sábado, 21 de junho de 2014

TEM QUE OUVIR: Led Zeppelin - Led Zeppelin II (1969)

Após lançar seu disco de estreia, ser bombardeado pela mídia e aclamado pelo público, o Led Zeppelin confirmou todo o seu poder de fogo em seu segundo trabalho. Composto na estrada, em meio aos crescentes shows, e gravado em poucas horas, Led Zeppelin II é a comprovação do quão genial era a banda.


Logo na faixa de abertura, a clássica "Whole Lotta Love", Jimmy Page, guitarrista e produtor do álbum, não só destrói em um dos seus mais emblemáticos riff e solo, como também é peça fundamental na viagem instrumental no meio da faixa, com direito a utilização de um teremim enquanto o John Bonham ataca sua bateria num groove tribal e Robert Plant delira através de berros sexuais. Nem mesmo o plágio da faixa de Willie Dixon (escute "You Need Love" e comprove) tira o brilho da canção.

O blues tão amado pelos ingleses é evidenciado nas espetaculares "Bring It On Home" e "The Lemon Song", essa última com linha de baixo genial do John Paul Jones. Já a tão conhecida abordagem acústica do grupo é representada através da linda "Thank You", uma das melhores baladas do rock.

No alicerce do heavy metal estão pérolas como "Heartbreaker", com seu riff apoteótico, solo inventivo, baixo imundo, vocais potentes e bateria troglodita. Mas o auge do John Bonham é "Moby Dick", que contém o grande solo de bateria (ao menos no rock) de todos os tempos. 

Impossível também não destacar a fantástica "Ramble On", com seu groove atraente, letra influenciada pela obra de Tolkien e dinâmica crescente ("luz e sombra", na visão do Jimmy Page), chegando ao ápice do brilhantismo em seu refrão explosivo.

Falar sobre qualquer disco do Led Zeppelin é chover no molhado. Melhor que ler esse mal escrito texto é reouvir essa pérola do rock n' roll.

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