terça-feira, 1 de abril de 2014

TEM QUE OUVIR: Dusty Springfield - A Girl Called Dusty (1964)

O vasto acesso a informação que a internet possibilitou não está ai para ser desperdiçado. Uma das principais funções da rede é a de sanar as barreiras da comunicação impostas no passado. Todavia, é incrível o quanto a Dusty Springfield ainda é desconhecida no Brasil, mesmo tendo feito enorme sucesso na Inglaterra (sua terra natal) e nos EUA desde seu primeiro disco, o impecável A Girl Calles Dusty (1964).


A Invasão Britânica liderada pelos Beatles não levou para a América do Norte somente bandas como Rolling Stones, The Who e Kinks, mas também cantoras, vide o sucesso alcançado principalmente por Dusty Springfield. 

Aquela jovem e inofensiva lolita inglesa presente na capa do álbum, guarda em sua voz potência suficiente para deixar até mesmo Aretha Franklin intrigada (ok, talvez eu esteja exagerando, mas nem tanto). Seu trabalho é calcado na soul music americana, embora a melodia pop britânica esteja enraizada em seu canto.

"Mama Said" e "Do Re Mi" são canções POP's - com letras garrafais - que arrebataram milhares de jovens. Paralelo a simplicidade encantadora da cantora estão os arranjos grandiosos e melodiosos de faixas como "You Don't Own Me" e "My Coloring Book". É possível encontrar também faixas de peso quase rockeiro, vide "When The Lovelight Shining Through His Eyes", até então conhecida através das Supremes.

Tendo no repertório composições de Burt Bacharach ("Twenty Four Hours From Tulsa" e "Anyone Who Had a Heart") e Ray Charles ("Don't You Know"), restou a Dusty fazer o que melhor sabia, interpretar as canções com sua grandiosa voz.

O EUA pode até ser dono das divas mais famosas da música, mas Dusty Springfield tem um trabalho bom o suficiente para bater de frente com qualquer uma delas. Não por acaso foi uma das primeiras brancas adorada pelo público negro.

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