sábado, 7 de dezembro de 2013

TEM QUE OUVIR: David Bowie - Let's Dance (1983)

Até o ano de 1983, David Bowie já havia irreparavelmente transitado pelos mais diversos estilos - glam rock, soul, krautrock, pós-punk - e feito parcerias relevantes com dezenas de artistas - Iggy Pop, Lou Reed, Brian Eno, dentre outros, sendo o Queen até aquele instante a mais recente, vide a sensacional "Under Pressure"-. Sem precisar provar mais nada a ninguém, Bowie se jogou na música pop radiofônica. Mais uma vez foi bola dentro. Ele inventou o pop feito dali em diante. 


Após anos trabalhando com Tony Visconti, em Let's Dance o cantor fez parceria com o genial Nile Rodgers - guitarrista do Chic e produtor de sucessos da Madonna, Duran Duran, dentre outros - o que originou um álbum acessível, dançante e cheio de grooves preciosos.

Logo na abertura do disco, em "Modern Love", é possível sentir que Bowie está em mais uma de suas mutações artísticas, sendo que é a new wave que dita a direção da música, curiosamente um estilo influenciado por ele mesmo. "China Girl", gravado anteriormente pelo Iggy Pop, surge ainda mais acessível, embora não menos interessante.

A mão de Nile Rodgers se faz presente na clássica "Let's Dance". A canção é um dos grandes momentos da música pop oitentista. Na faixa está uma das primeiras aparições do genial guitarrista Stevie Ray Vaughan, que volta em "Without You" - com direito ao baixo de Bernard Edwards - e na ótima "Ricochet". O influente produtor Giorgio Moroder também da as caras no disco, só que na espetacular "Cat People (Putting Out Fire)".

Let's Dance foi o maior sucesso comercial do Bowie, sendo que todos (!!!) os ingressos desta tour foram esgotados, para alivio da EMI, que investiu no artista uma grana que deixaria Tio Patinhas espantado. Ainda que esse não seja seu melhor disco, o trabalho mostra a força e o alcance que o Bowie teve através de sua obra.

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