terça-feira, 17 de dezembro de 2013

RETROSPECTIVA 2013: Shows do ano (obviamente, os melhores entre os que eu vi)

Está cada vez mais inviável listar os melhores shows do ano. Isso ocorre devido a dificuldade que é ir aos espetáculos. Coloque neste pacote o preço exorbitante dos ingressos, a canseira que é se locomover por São Paulo, falta de tempo e até mesmo a indisposição de aguentar plateias cada vez mais insuportáveis. O que por um lado é um problema, por outro mostra um crescimento interessante do mercado, mesmo com vários eventos decepcionando na procura por ingressos.

Dos shows que vi pela TV (a maioria do Rock In Rio e Monsters Of Rock) gostaria de destacar apenas o do Bruce Springsteen (com direito a cover de Raul Seixas) e lembrar que ano passado eu disse que esse seria o melhor show do ano. No mínimo passei perto na previsão.

Ainda que eu tenha perdido dezenas de shows interessantes, tive também a oportunidade de ver alguns bem legais. Fica aqui minha pequena lista dos meus prediletos.

Alabama Shakes
Mais uma vez fui no Lollapalooza e, apesar das boas bandas escaladas para o festival, pretendo não voltar tão brevemente ao evento (muito caro, lotado, enlameado... o terror!). De qualquer forma, vi shows bem interessantes, como o Tomahawk (do anárquico Mike Patton), Gary Clark Jr. (que timbrão de guitarra) e do Black Keys (apenas legal). Mas dois shows em especial chamaram muito a minha atenção. O primeiro deles foi o do Alabama Shakes. É a soul music de primeira grandeza se apropriando do indie com propriedade (ou seria o contrário?). A Brittany Howard canta muito bem, o instrumental lembra o Booker T. & The MG's - dada as devidas proporções - e as composições são bem legais. Coisa fina!

Queens Of The Stone Age
Outro show acachapante no Lollapalooza foi o do Queens Of The Stone Age. A prova viva de que um set curto pode ser muito bem aproveitado se tocado furiosamente. Showzão que prejudicou a apresentação do Black Keys que veio na sequência.

Nektar
Virada Cultural, domingão a tarde, São Paulo espantosamente limpa e organizada, principalmente se comparada a todas outras Viradas que já fui. Mas o mais legal de tudo foi ver o Nektar ao vivo, banda que honestamente pouco conheço. Eles demonstraram no palco o porque do Steve Harris ser grande fã do grupo. Boas composições e grande carisma na execução. Provavelmente foi a única oportunidade de ver o Nektar em terras brasileiras.

Pat Metheny
O maior nome da guitarra jazz dos últimos 40 anos tocando de graça no Ibirapuera num domingão a tarde? Quem não foi se deu mal, só digo isso. Foi um divisor de águas para mim no quesito improvisação. Destaque também para o baterista Antonio Sánchez.

Uli Jon Roth
Uma hora de Uli Jon Roth e uma de Michael Schenker. Resultado? Uli Jon Roth roubou a cena e Michael Schenker enfurecido se quer voltou para o BIS. Sensacional!

Black Sabbath
Se você viu esse espetáculo e não ficou minimamente emocionado, então você está morto. Iommi é gênio, Butler é um dos caras mais subestimados do rock e o Ozzy é um entertainer de primeira grandeza. O repertório dispensa apresentações.

Meshuggah
Tá no TOP 5 dos melhores show que já assisti na vida! Lugar legal, com apenas pessoas interessadas na banda (não foi clima de festa/rolê como o do Sabbath, era clima de show), iluminação em sincronia assustadora, som impecável, repertório violento... cara, não teve nenhum ponto negativo. Obs: Adivinhem o que estava rolando na rua no fim do show? Show do Test na sua já famosa kombi infernal.

Som Imaginário
Não vi muitos shows nacionais esse ano. De cara lembro apenas do Barão Vermelho (banda do BRock 80's que melhor sobreviveu ao teste do tempo) e da reunião mágica do Som Imaginário no Teatro Municipal de São Paulo. Ambos foram ótimos, sendo que o Som Imaginário "ganhou" por saldo de gols.

É isso! Que venham shows ainda melhores em 2014.

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