sexta-feira, 21 de junho de 2013

TEM QUE OUVIR: Scorpions - Tokyo Tapes (1978)

Há pouco mais de 2 anos, quando comecei aqui no blog a seção "Tem Que Ouvir", fiz meu primeiro post sobre o ótimo disco Phenomenon (1974) do UFO (veja o texto aqui). O motivo na época que me levou a dissecar o álbum foi que eu iria perder o show do lendário guitarrista Michael Schenker (UFO, Scorpions, MSG) no Brasil. Mas amanhã eu quito essa dívida. 

Amanhã assistirei não só o Michael Schenker, mas também o guitarrista Uli Jon Roth e a cozinha formada por Francis Buchholz (baixo) e Herman Rarebell (bateria), todos ex-Scorpions. Essa tour inclui no repertório músicas daquele que é um dos melhores discos ao vivo do rock. Falo do estupendo Tokyo Tapes (1978), o grande registro do Scorpions.


Encaro o Tokyo Tapes como uma compilação daquilo de mais legal que foi feito pelo grupo alemão em sua melhor fase (década de 1970). Na época, a banda já não contava mais com o Michael Schenker, que foi substituído justamente pelo Uli Jon Roth, um dos primeiros guitarristas a fundir a música erudita com o rock. Guiando os riffs estava Rudolf Schenker, um guitarrista base altamente influente (não é mesmo, James Hetfield?). A fenomenal "All Night Long" abre o disco evidenciando a qualidade dos guitarristas. 

No repertório do show estão grandes pérolas do hard rock, vide as ótimas "Pictured Life", "Backstage Queen", "He's A Woman, She's a Man" e "Steamrock Fever". O timbre inconfundível do vocalista Klaus Meine salta aos ouvidos nas boas baladas "In Trance" e "We'll Burn The Sky". Uli Jon Roth também ataca de vocalista em "Polar Nights", "Dark Lady" e "Fly To The Rainbow", onde deixa explicita sua influência de Jimi Hendrix.

O Scorpions tem uma discografia bastante errônea, mas esse disco ao vivo apresenta todas as qualidades que fizeram do grupo um projeto tão influente e duradouro, tornando-os a grande banda de rock da Alemanha (ao menos comercialmente). Audição obrigatória principalmente para quem se interessa por hard rock setentista.

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