sexta-feira, 31 de maio de 2013

100 Anos da Sagração da Primavera

Como entreguei no título do post, mas pouco se falou na grande mídia, há 100 anos estreava em Paris o balé Sagração da Primavera (La Sacre Du Printemps ou Rite Of Spring - daí saiu o nome da banda de post-hardcore?), composto por Igor Stravinsky, coreografado originalmente por Vaslav Nijinski, com cenografia e figurinos de Nicholas Roerechi e produção de Sergei Diaghilev (obrigado, Wikipedia). A obra é uma das mais importantes do século XX e um dos poucos trabalhos de música erudita que realmente me chama atenção (aí talvez não necessariamente mérito da obra, mas falha minha).

Igor Stravinsky e Vaslav Nijinski

A rebeldia presente na obra de Stravinky é explicita. Não por acaso sua obra subverte a estética musical do seu tempo e da origem ao Modernismo. Sua estreia não foi aclamada, muito pelo contrário, foi brutalmente criticada, característica essa de diversos trabalhos de vanguarda.

A música que se ouvia era inovadora. Extremamente rítmica, com diversas variações na fórmula de compasso e fazendo uso de polirritmia. As harmonias e melodias eram pouco convencionais, abusando de dissonâncias e timbres pouco explorados até então, principalmente por instrumentos como o fagote. Para alguns, a coisa era tão subversiva e caótica que soava incomoda.

Manuscrito original do Stravinsky

Como se já não bastasse a sonoridade e temática profunda do balé, Vaslav Nijinski fez questão de deixar tudo ainda mais perturbador com sua coreografia primitiva.

Ainda hoje a obra pode ser considerada inovadora, mas não mais vista com excentricidade. Já é possível admirar a beleza da Sagração da Primavera.

Nenhum comentário:

Postar um comentário