Mas será que o sucesso de um disco tão peculiar - e caso você ainda não tenha escutado, acredite, é peculiar! - é realmente inexplicável? Vamos analisar os fatos.
1º Fato: Mike Oldfield tocava na banda do Kevin Ayers (Soft Machine), ou seja, não era um aventureiro. Tinha no mínimo qualidades técnicas para fazer um grande trabalho, sendo que seu ótimo senso melódico revela-se por todo o disco, ainda que muitas vezes passe batido diante do formato pouco convencional das faixas.
2º Fato: Tubular Bells tem composições um tanto quanto densas e sombrias. E foi justamente essa percepção que levou a música de abertura a ser tema do filme O Exorcista (William Friedkin), também de 1973. Sem dúvida o sucesso do filme, que em partes se deve a trilha - o tal "efeito tostines" -, alavancou a vendagem do álbum. Vale lembrar que a banda de thrash/death metal Possessed também usou a música na introdução do clássico Seven Churches (1985).
3º Fato: Tudo é muito bem arranjado, executado e produzido - com exceção da datada capa -, ainda que Oldfield não ache o mesmo. Típica modéstia de perfeccionistas. Com tantas qualidades, foi fácil para os fãs de rock progressivo da época - que não eram poucos - embarcarem no conceito do disco.
4º Fato: Tem sinos.
O sucesso foi tanto que Tubular Bells virou uma sequência, sendo que a segunda, lançada em 1992, também fez bastante sucesso. Mas é mesmo o clássico disco de 1973 a obra definitiva do Mike Oldfield.
Descobri "Tubular Bells" e a história de Mike Oldfield no ano passado, e me surpreendi com tudo. Esse disco é realmente muito louco... Mas sem desmerecer a gravação original, eu prefiro mais a versão orquestrada chamada "The Orchestral Tubular Bells" (eu recomendo!), lançada um ano depois desta maravilha.
ResponderExcluirHonestamente não conheço essa versão orquestrada. Vou procurar. Valeu pela recomendação. Abraço
ExcluirPois então procure essa versão que você vai se surpreenderá com certeza. Pra mim ela é tão boa quanto a original de Mike. A execução é da Royal Philharmonic Orchestra, sob a regência do saudoso maestro David Bedford (padrinho artístico e amigo do hoje Sr. Oldfield).
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