Em 1975, Tim Maia já era um renomado artista, que tinha revolucionado a música brasileira com o ritmo contagiante da música negra americana. Com os dois pés fincados no trabalho de gente como Marvin Gaye, Barry White, Curtis Mayfield e George Clinton, Tim passou por uma transformação comportamental e filosófica. Abandonou as drogas, noitadas e a carne vermelha, se afundando na Cultura Racional através do livro Universo em Desencanto (Manuel Jacinto Coelho).
Essa "fase Racional" da sua vida trouce uma pregação ideológica incomoda ao seu trabalho, coisa que até mesmo Tim Maia tratou de execrar posteriormente. Todavia, músicas como "Bom Senso" se tornaram clássico dessa época por conter arranjos primorosos, groove acachapante e o melhor timbre vocal de Tim.
A guitarra do grande Paulinho Guitarra é alucinantes. A voz do Tim Maia, longe da cocaína, torna-se ainda mais potente. O refrão é mágico em sua simplicidade. Ou seja, é uma daquelas obras que não podem passar despercebidas.
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