Amigos e experiências
Apesar de toda a riqueza musical presente na internet, o que explica a mediocridade da música consumida atualmente é a própria mediocridade da vida contemporânea. Acredito plenamente que amizades são de extrema importância para troca de informações, principalmente quando você se relaciona com pessoas que não comungam da mesma opinião que você. Foi pessoalmente, tomando cerveja em padarias, ou tocando com amigos, que passei admirar bandas/artistas como Casa das Máquinas, Incubus, Candlemass, Lamb Of God, Blue Cheer, dentre outras. Escute essa música do Lostprophets, por exemplo. Ela pode ser horrenda pra você (com razão), mas se ela remeter a um período da sua vida em que você tomava cerveja e fazia barulhos com os amigos, sem dúvida ela vai ser mais legal. Portanto, viva!
Redes Sociais
Sou bombardeado diariamente com diversas músicas, antigas e lançamentos, postada por gente que trabalha com música (músicos, produtores e jornalistas). Por tanto, uma dica simples e eficaz: siga no twitter gente como o músico Ed Motta (@EdMotta), o blogueiro Ricardo Seelig (@ricardoseelig) e os jornalistas Sérgio Martins (@Serjones) e Régis Tadeu (@RegissTadeu). Participar de grupos no Facebook como o da Sinewave também é uma boa escolha. Você certamente não dará conta de absorver tanta informação musical postada nessas fontes. Alias, de tanto o Ed Motta falar do Steely Dan, afundei-me de cabeça na discografia da banda.
Blogs e rádios online
Tem alguns blogs que eu sempre uso como pesquisa. Um deles (Mundo Estrango de PB) é de típicas esquisitices sonora. Outro interessante é o já clássico POPLOAD do Lúcio Ribeiro, sobre o que andando "bombando" pelo mundo, ou seja, aquele típico indie hypado que começa a ganhar destaque. O mítico programa Garagem também tem que ser conferido, assim como o blog de um de seus apresentadores, o grande Andre Barcinski. Em ultimo lugar (mas não menos interessante) recomendo o blog do já citado Régis Tadeu, jornalista que acompanho desde que ele escrevia para a finada revista Cover Guitarra. Seu blog é hospedado dentro do site do Yahoo. Vale a pena também ouvir o programa Rock Brazuca que ele tem na Rádio Usp. Foi lá que eu conheci uma das minhas bandas prediletas, a Patife Band.
Revistas
Revistas muitas vezes fogem do comodismo musical da televisão e rádios. E nem me refiro as gringas (NME, Uncut, Mojo). Mesmo em uma revista de tendências duvidosas (pra não dizer explicitamente aliada de uma classe dominante) que é a Veja, ela possui o já citado jornalista Sérgio Martins, que escreve bons textos. Eu que gosto de guitarra acompanho a revista Guitar Player, que apesar de as vezes insistir no "mais do mesmo", acaba hora ou outra apresentando novidades. Mas a revista (ou zine) mais interessante hoje em dia pra quem curte rock é a Poeira Zine, publicação do Bento Araújo que conta com a ajuda dos companheiros Sérgio Alpendre, Ricardo Alpendre e José Damiano no podcast semanal PoeiraCast. Por lá tive acesso a incontáveis bandas, mais recentemente ao Khan.
Por gravadora
Agora vou citar formas particulares de caçar músicas. Uma delas é por gravadora. É uma linha de raciocínio bastante simples. Gosta de som alternativo tipo Pixies, é só pesquisar que outras bandas a 4AD lançou. O mesmo vale pra quem gosta de soul, é só mergulhar de cabeça em artistas da Motown e Stax que não chegaram a fazer muito sucesso (ao menos no Brasil), vide Johnny Daye da Stax.
Por samples
O raciocínio é simples, pegue uma música de hip hop que tenha um groove legal (Exemplo: "I Wanna Get High" do Cypress Hill), agora pesquise (as vezes no Wikipedia tem) músicas que eles sampleram pra criar a canção. Pronto! Escute a música original e se espante com algum groove insano, alguma maluquice desconhecida ou alguma clássico do rock desconstruído no sample. Seguindo o exemplo dado é possível chegar em obras como essa:
Ta aí algumas dicas pra pesquisar sons e de bônus músicas de diferentes linguagens e qualidades. Saíam do marasmo. Bom divertimento a todos.
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