sábado, 1 de outubro de 2011

TEM QUE OUVIR: R.E.M. - Green (1988)

Escolher o melhor dentre tantos grandes álbuns do R.E.M. não é tarefa fácil. Mérito de uma banda de trajetória digna. Todavia, Green (1988) talvez seja o que melhor representa a consistente discografia do grupo, partindo de quando ainda eram ativos no underground, mas já escancarando as portas do mainstream - foi o primeiro a sair por um grande gravadora, a Warner -, equilibrando a atitude rockeira com melodias pop certeiras.


O disco começa com um dos hits da banda, a precisa "Pop Song 89", que teve bastante rotatividade nas rádios americanas. Outra música bastante conhecida é "Stand", faixa em que o guitarrista Peter Buck demonstra todo seu talento melódico e harmônico, fruto da sua influência dos Byrds. Seu ótimo solo recheado de wah-wah é de extremo bom gosto. 

Na bela balada acústica "You Are The Everything", Peter Buck deixa a guitarra de lado e dá o primeiro sinal do seu interesse pelo bandolim, que ele viria a explorar ainda mais posteriormente. Destaque também para o baixo inquieto do Mike Mills.

No entanto, uma das melhores canções do disco é mesmo "World Leader Pretend", onde Michael Stipe coloca para fora o tema central do álbum, a ecologia, assunto que também aparece na ótima "I Remember California", com direito ao tão característico backing vocal do Mike Mills (pra não falar do seu baixo).

Dentre outras canções que chamam atenção está a emblemática "Orange Crush", que passou inúmeras vezes na programação da MTV americana, ajudando a concretizar a fama da banda. Fama essa repudiada na letra de "Turn You Inside Out".

Green representam o auge de um grupo importante e competente, que entrelaça arranjos sofisticados com atitude punk e sonoridade pop. Não por acaso o disco era um dos prediletos do Kurt Cobain.

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