sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Rock In Rio como sempre foi

Hoje começa o Rock In Rio. O festival volta ao Brasil, seu país de origem, após 10 anos circulando pelo mundo.
Meu propósito com este post é lembrar o real motivo da existência não só desse, mas de qualquer outro festival corporativista: o lucro. Questão óbvia, mas que muitos se esquecem. O Rock In Rio não tem e nunca teve compromisso com arte. Rock In Rio é uma marca lucrativa como qualquer outra. Quão errado é isso? Seria inútil avaliar.

Tendo essa compreensão clara eu me pergunto: Por que raio as pessoas depositam tanta esperança no Rock In Rio? Diariamente há bons shows por todo o Brasil, seja de grandes ou pequenas bandas locais. O Brasil já virou rota de 97.46% das bandas internacionais (ao menos as mais desejadas pelo público brasileiro). Então porque esperar do Rock In Rio inovação na escalação de seu line-up (característica que nunca teve)?

Tá certo que o primeiro Rock In Rio de 1985 foi importante, afinal, o Brasil mal recebia shows internacionais e o evento abriu as portas para bandas como AC/DC, Queen, Iron Maiden, Whitesnake e Scorpions, além de ter elevado a outro patamar ao menos duas boas bandas brasileiras: Os Paralamas do Sucesso e o Barão Vermelho.

Com exceção desse primeiro evento, que ainda assim trazia um James Taylor desmoralizado, um Yes desfalcado, um Rod Stewart envelhecido, um Ozzy aniquilado e a típica música de churrascaria do Ivan Lins, os outros eventos também foram bem abaixo do esperado. Ou já se esqueceram do New Kids On The Block, A-Ha e Biquíni Cavadão na segunda edição do festival? E a Britney Spears e Sandy & Junior na terceira edição?

Ou seja, veja o Rock In Rio com o filtro de bons shows. Assim quem sabe será possível aproveitar a oportunidade e assistir shows do Metallica, Motörhead, Mike Patton, RHCP, Stevie Wonder e outros bons nomes da escalação. O resto é choro.

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