quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TEM QUE OUVIR: Red Hot Chili Peppers - Blood Sugar Sex Magik (1991)

O Red Hot Chili Peppers é um fenômeno da música pop. Atravessou a década de 1980 fazendo barulho no rock alternativo e prospera comercialmente até hoje. Mas muito do respeito que a banda adquiriu se deve a um disco especifico: Blood Sugar Sex Magik (1991).


O álbum foi responsável por levar o RHCP para o mainstream, resultado alcançado através de músicas de sucesso como a bela "Under The Bridge", onde o guitarrista John Frusciante esbanja delicadeza ao criar uma introdução ultra melódica, que se encaixa perfeitamente a letra sobre os tempos em que o vocalista Anthony Kiedis era viciado em heroína e morava nas ruas. 

Outra música que teve grande repercussão - principalmente na MTV - foi "Give It Way". A faixa mistura rap e rock com a pegada funk frenética do ótimo baixista Flea. É interessante observar que para a captação das guitarras desta música, o grande produtor Rick Rubin optou por registar o instrumento também desligado, posicionado um microfone perto da mão direita de Frusciante. Essa experiência deu ainda mais força para o ritmo entorpecido da canção.

Além dos hits, o disco conta também com outras excelentes composições, algumas influenciadas pelo funk, vide as contagiantes "The Power Of Equality", "If You Have To Ask", "Apache Rose Peacock" e "Funky Monks", essa última dona de solo altamente lisérgico. Todas elas comprovam a qualidade indiscutível da cozinha do grupo formada por Flea e Chad Smith.

A acústica "Breaking The Girl" apresenta um belo arranjo que remete diretamente ao Led Zeppelin, enquanto "They're Red Hot" deixa nítida a influência de Robert Johnson no trabalho de Frusciante, ainda que a versão circense/bizarra esconda isso.

Embora flertando diversos estilos, o funk rock - funk metal para alguns - é que predomina o álbum, deixando clara a influência de George Clinton nas composições da banda, vide as excepcionais "Mellowship Slinky In B Major" e "Sir Psycho Sexy", essa última recheada por um timbre gorduroso de baixo. 

As pesadas "Naked In The Rain", "My Lovely Man" e, principalmente, a vibrante "Suck My Kiss", também se destacam. Todas evidenciando o som encorpado obtido numa gravação ao vivo, com todos tocando juntos no estúdio, reagindo a performance dos companheiros. Mais uma aula de produção do Rick Rubin.

Neste caldeirão de funk, rap e rock psicodélico, encontramos várias pérolas dentre as 17 canções, sendo que todas merecem atenção. Depois deste disco o RHCP não foi mais tão atraente, apesar de alguns bons momentos. Sendo assim, fica aqui o registro definitivo da banda em seu auge artístico e comercial.

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