Lô Borges
Tá cada vez mais corriqueiro as homenagens aqui em casa a artistas que faleceram. Tristemente, desta vez foi o Lô Borges. Se o Clube da Esquina e o “Disco do Tênis” tão sempre em rotação por aqui, o A Via-Láctea (1979) fazia anos que não escutava. É grandioso. Até mais que em sua estreia solo, aqui tá a continuidade do brilhante compositor/melodista que demonstrou ser ao lado do Milton. Faixas como “Vento de Maio” (prog brasileiro) e “Chuva da Montanha” são uma preciosidade. Altamente mineiro e imagético. Tem cada arranjo sublime. Meu amigo Doug ainda me recomendou conferir o Nuvem Cigana (1982), onde senti aguçado aquele faro pop alinhado a excelentes melodias. Me remeteu até mesmo ao trabalho do Spinetta em alguns momentos. Um gigante mesmo. RIP Lô.
Hootie & The Blowfish
Cracked Rear View (1994). O típico pop rock/rockinho dos anos 90. Fez enorme sucesso, hoje ninguém mais lembra. Te falar que acho legal. Tudo bem, o vocalista tem aquele traço sub-Eddie Vedder horrível, algumas baladas são chatas (incluindo o hit “Only Wanna Be With You”), mas nem tudo é de todo mal. Tem algo de power pop nas composições, boas linhas de baixo, uma produção é vibrante… Funciona.
Descendents
Everything Sucks (1996). No auge da explosão do pop punk e do hardcore melódico, os já veteranos do Descendents mostrando como se faz. Adoro o astral desse disco. Ótima produção (mix do Andy Wallace), que ressalta a eficiência do Bill Stevenson (bateria) e Karl Alvarez (baixo), umas das melhores cozinhas do punk rock.
Ramones
Sou da geração que cresceu ouvindo o Loco Live (1992), de modo que por mais que soubesse que o It’s Alive (1979) é o grande clássico ao vivo dos Ramones, ele sempre foi escanteado. Mas fui ouvir depois de ano e que espetáculo, não? Uma banda que toca com essa vibração não pode ser acusada de ter músicos medíocres. Eles fazem com excelência o que se propõe.
Charles Lloyd
Daqueles jazzistas que estão sempre circulando o radar - até por ainda estar vivo e em atividade -, mas nunca damos (dei) a devida atenção. Peguei pra ouvir o álbum Nirvana (1968) primeiramente por simpatia ao nome (kkkkk), mas logo me deparei com as guitarras do Gábor Szabó nas primeiras faixas, Ron Carter e Tony Williams fazendo a cozinha em outras. É uma beleza. Álbum de qualidade alinhada a leveza. Pode servir até de introdução ao mundo do jazz.
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