sexta-feira, 19 de abril de 2024

ACHADOS DA SEMANA: Steve Reich, Marvin Gaye, Plebe Rude, Aerosmith e Buffalo Tom

Steve Reich
Tem um álbum/compilação deste grande compositor contemporâneo no Spotify que traz parcerias com o Kronos Quartet (Different Trains) e outra com o Pat Metheny (Electric Counterpoint). A primeira eu gostei mais. Inclusive, tem elementos ali que remetem ao forró (creio eu, involuntariamente, a ideia era mais emular um trem). Já com o Pat me impressiona um guitarrista com a destreza dele sabe se portar diante de composições minimalistas que não necessariamente são a praia dele. Bonito ver um dos maiores improvisadores do instrumento abdicando da improvisação em prol de uma estética/composição. Não exatamente “bom”, mas interessante.

Marvin Gaye
Here My Dear (1978). Para mim isso é que é sofrência. Pai também do “triste e com tesão” no r&b. Discão, que se desenvolve num fluxo contínuo que o Marvin Gaye parece ser especialista em gerar. Fora que sua voz tá ótima (e sexy), os arranjos são irretocáveis, as linhas de baixo são elegantes, a guitarra é chorosa, a captação é calorosa… tudo certo.

Plebe Rude
Ainda naquela de procurar o que as bandas do rock brasileiro fizeram após explosão grunge, cheguei no Mais Raiva Do Que Medo (1993) da Plebe Rude, que só confirmou que eles são o melhor grupo daquela safra de Brasília. Canções certeiras, boas guitarras, gravação bacana… é um trabalho ultra recomendado para fãs do rock nacional.

Aerosmith
Permanent Vacation (1987). Após alguns anos de ostracismo, esse disco ajudou a colocar o Aerosmith no holofote do rock americano e, se pensarmos no hard rock do período, poucas bandas soavam tão intensas, orgânicas e setentistas quanto eles, ainda que cheio de refrões ganchudos/pop (longe disso ser um problema). Foi legal reouvir depois de anos (décadas?). Vale dizer que a produção é do Bruce Fairbairn em seu provável melhor trabalho. O fato de todos estarem tocando muito bem ajudou muito, né.

Buffalo Tom
Big Red Letter Day (1993). É curioso pensar que, embora esse disco fosse dos mais “polidos” e acessíveis daquela safra do rock alternativo, ele teve um sucesso moderado. Parece que ser barulhento e sujo fazia realmente mais sentido naquela época. Dito isso, tem grandes canções, calcadas em boas melodias e passagens de guitarra perfeitas para quem curte power pop.

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