3 Hombres
O Sol Que Nunca Morre (gravado em 1989, lançado em 2022). Banda obscura do rock brasileiro oitentista. A produção deste material foi do Miranda, o que por si só já é bem bacana (pra não dizer histórico). Thomas Pappon (Fellini, Smack, Voluntários da Pátria) era o vocalista e guitarrista . É bem legal, trazendo ecos de Joy Division, Smiths e uma personalidade própria diante das limitações da época e experiência dos integrantes. Tem boas letras, chegando a remeter o que viria a fazer grupos como Ludovic e La Carne. Vale conhecer.
David Sylvian
Eu sabia do prestígio da carreira solo dele, mas confesso que até então só o tinha escutado no Japan (que gosto bastante). Peguei o Gone To Earth (1986) e o Secrets Of The Beehive (1987) e fiquei abismado. É naquela linha Scott Walker/David Bowie, mas alinhado a um vanguardismo próprio que engloba chamber pop e art rock. Tudo muito bonito e complexo, dá sua voz profunda, passando por arranjos densos e atmosféricos, com direito a participação de instrumentistas do calibre de Ryuichi Sakamoto, David Torn, Danny Thompson, Robert Fripp, Bill Nelson, Mel Collins, dentre outros. Tá ainda salvo aqui para novas audições, já que muitas camadas a serem exploradas. Ele é gigante mesmo.
Oval
94 Diskont (1996). Não sou tão entusiasta da música eletrônica ambient que se estabeleceu nas últimas décadas, mas meu interesse aumenta quando a isso se soma a “estética” glitch. Normalmente se ganha muito em texturas, o que de imediato já inspira novos ares composicionais. Esse disco é perfeito exemplo disso. Adoro ouvir antes de dormir.
Oingo Boingo
Sempre achei “Stay” um saco, então não tinha dado maior atenção para a banda. Acontece que o Danny Elfman já se demonstrou talentoso em outros momentos, então fui dar uma chance ao Dead Man's Party (1985), que fez enorme sucesso. É um típico disco da época, meio new wave, meio pop dançante de branquelo. Tudo no lugar certo, o guitarrista e o baixista são bons, tecnicamente não há nada de errado com os teclados e acho divertido os arranjos de metais. Dito isso, não é minha onda. Sou de outra geração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário