segunda-feira, 8 de abril de 2019

Pitacos sobre o Lollapalooza

Neste último fim de semana ocorreu o Lollapalooza. Não fui, mas consegui ver algumas apresentações pela TV e internet. Sendo assim, farei observações superficiais. Nada muito sério, apenas para deixar registrado algumas constatações. Vamos a elas:


- Pensando aqui, The 1975 nem é tão ruim. Eles tocam bem. As músicas são fraquinhas, mas se eu tivesse 15 anos, uma namorada indie e mesada suficiente pra pagar 200 conto num ingresso, capaz que até gostasse.

- Tinha um tal de Fisher que é australiano "tocando" no palco eletrônico com a camisa do Santos. Pensei "o Pelé é muito gigante!". Virou a câmera e tava escrito "Neymar". Fiquei puto. Obs: a música do tal DJ é um lixo.

- Falaram tanto "Tribalistas de headline, que escolha ousada do evento, que prestigio do grupo...". Headline as 18h, bicho? Mas vale deixar registrado: que ótima banda de apoio, hein. Não que ajude muito, mas sei lá.

- Falam tanto da superficialidade dessa geração que vai no Lollapalooza, mas embora as bandinhas e DJs sejam bem fraquinhos, o público ao menos parece curtir de verdade o que está vendo. Não dá pra ver celular no palco eletrônico. Superficial é o platéia do Paul McCartney.

- Ainda bem que a St. Vincent veio sem banda, com base 80% pré gravada... Dá uma aliviada por perder. Ela é ótima, mas proposta de show preguiçosa, não. Ou seria corajosa? Com certeza é pra reduzir custos. Independente dos motivos, não me agrada não.

- Acho que o Sam Smith é dos piores artistas deste século. Composições ruins, vocalmente fraco, sem carisma... Nem bonito ele é. Qual é a onda de gostar dele que eu não entendi?

- Vale deixar registrado que achei a qualidade do áudio das transmissões do BIS e Multishow bastante aceitável.

- Acho interessante como uma galera pira no Bring Me The Horizon. Não parece que eles conseguem corresponder em cima do palco o peso que extraem em estúdio.

- Olha, honestamente não sei se o Lenny Kravitz fez playback, se ele é fodão ou as duas coisas. O que sei é que seu show foi bom (embora previsível). Fora que a banda é ótima, com destaque para a baixista Gain Ann Dorsey (aparentemente desanimada, mas tocando muito) e o ótimo guitarrista Craig Ross.

- Post Malone fez dos shows mais divertidos e intensos do festival. Só ele no palco, sem banda ou grande produção, mas cantando com força seus hits. A participação do Kevin O Chris também foi bem legal. Talvez o melhor show de todo o festival, por incrível que pareça.

- Já que a Re adora Kings Of Leon, acompanhei o show ao lado dela. Que banda ruim, hein! O guitarrista e o baixista até são bons músicos, mas as composições são um saco e a execução da banda foi bem no piloto automático. Pra não dizer que odiei tudo, devo confessar que gostei da música "Crawl". Ela tem algo de krautrock.

- A Iza é tão linda e simpática que tô até começando a gostar de suas músicas.

- Poucas coisas envelheceram tão mal quanto as músicas do Gabriel, O Pensador (que já não eram grande coisa no passado).

- Não consegui ver o Greta Van Fleet na hora, mas busquei o show deles no YouTube e encontrei a apresentação na Argentina. Achei muito ruim. Não que eu esperasse outra coisa, mas precisava comprovar. O vocalista é péssimo (sério, parem de comparar com o Robert Plant, dá nem pro cheiro), o instrumental soa sem vigor e as composições são fraquíssimas. Eles não são mais rock n' roll que o Post Malone.

- Queria ver o Kendrick Lamar, uma pena não ter rolado a transmissão. Mas li relatos confiáveis de que o show não estava tão cheio quanto o esperado (fator "domingo" faz peso na balança). Parece que houve uma debandada de público após o término do Greta Van Fleet, o que é bem impressionante. Sobre a apresentação não posso comentar nada.

- Muitos falaram que a apresentação do Twenty One Pilots foi a mais disputada. Tava abarrotado. Não consegui assistir. Quem viu gostou? Vale a pena buscar?

- Tem que ser muito corajoso pra ir num festival desses. Assisti tudo do sofá, com um colchão na sala para quando quisesse deitar, ao lado da namorada, com cervejas na geladeira, pizza no prato e banheiro limpo e sem fila. Meus sinceros parabéns a vocês que ainda tem vitalidade para enfrentar esses eventos.

2 comentários:

  1. Também não tenho mais disposição. nos últimos anos até arrisquei (física e financeiramente), como naquele saudoso ano com Tomahawk (do Mike Patton), com NAS e A Perfect Circle, um sonho! Teve o ano com Nine Inch Nails, e ano passado com o David Byrne e aquele concerto absurdo! Mas, no geral, o sacrifício é grande. Destaco, pela TV, este ano, a Jorja Smith... estúdio magnífica, ao vivo contida, porém tb ótima! Rola até um "No Scrubs" do TLC rs

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  2. Assisti esse show do Tomahawk, mas confesso que perdi o NAS (uma pena, e nem lembro o que vi no mesmo horário). A Perfect Circle na época nem me interessei, não é tanto minha onda (se fosse o Tool seria diferente e ai sim um sonho).

    Voltando a edição deste ano, vi pela TV só uma três musicas da Jorja Smith pela TV mas confesso que não me empolgou, embora goste do seu disco. Mas dias desses tava passando o show do Portugal. The Man e achei legal. Até separei um disco pra reouvir.

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