Se antes ela tinha alcançado bons picos, aqui o salto foi brutal. Isso se deve parcialmente as aulas vocais que tivera para estrelar o filme Evita (1996). Quarentona - e talvez mais linda do que nunca -, sua outrora personalidade sexy e explosiva deu lugar ao cabala, budismo, hinduísmo, maternidade e a prática de yoga. Madonna era outra mulher e, consequentemente, outra artista. De seu passado, trouxe o melhor: Pat Leonard, produtor de Like A Prayer (1989). O compositor Rick Nowels e o produtor William Orbit também somaram forças e tiveram papel fundamental para o êxito artístico do disco.
As experiências esotéricas e filosóficas da Madonna se fazem valer na frenética dobradinha "Sky Fits Heaven" e "Shanti/Ashtani", sendo essa última cantada em sânscrito.
Musicalmente, nos momentos mais dançantes o disco bebe do techno, acid house e drum and bass, vide "Nothing Really Matters" e a empolgante "Ray Of Light", que fez enorme sucesso. Já a música ambient, o soft rock e o trip hop aparecem na linda "Drowned World/Substitute For Love", na alternativa “Candy Perfume Girl” e no hit gélido "Frozen".
Outras faixas como "Skin", "Swim" e "Little Star" são ainda mais elegantes e sofisticadas, principalmente no que diz respeito as produções.
Com tamanho brilhantismo atingido, o prestigio foi alcançado e logo a Madonna se rendeu ao pop rasteiro, vide o apenas ok, Music (2000). Ao menos Ray Of Light mostra que ela é uma artista diferenciada e que, quando quer, surpreende a todos.
Com tamanho brilhantismo atingido, o prestigio foi alcançado e logo a Madonna se rendeu ao pop rasteiro, vide o apenas ok, Music (2000). Ao menos Ray Of Light mostra que ela é uma artista diferenciada e que, quando quer, surpreende a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário