1979 foi um ano importante para a música pesada. Fosse através do heavy metal do Judas Priest ou do punk rock dos Ramones, todos estavam fazendo grandes trabalhos. Mas os estilos não se misturavam. Foi então que o Motörhead despontou para apaziguar os ânimos e arrebentar os ouvidos mais sensíveis.
Tocando rock n' roll com velocidade punk e o peso oriundo do metal, o Motörhead presenteou o mundo com discos brilhantes, vide o Overkill (com produção do lendário Jimmy Miller), base para o que viria a fazer anos depois as bandas do thrash metal. Basta se atentar a introdução espetacular de dois bumbos do Phil "Animal" Taylor na faixa que abre o álbum. É um esporro ainda hoje acachapante.
O baixo gorduroso/distorcido e a voz rouca/ébria com traços de tabaco do Lemmy é o que há de mais rock n' roll no mundo. Com essa combinação explosiva ele construiu verdadeiros clássicos, vide "Stay Clean" e "No Class", ambas sacanas, ambas sempre tocadas em seus barulhentos shows.
O guitarrista Eddie Clarke completa esse trio matador com ideias simples e eficazes. Não tem como não se divertir com os riffs energéticos e solos rockeiros presente nas espetaculares "Damage Case", "Tear Ya Down" e "Limb From Limb", ainda que seja o baixo de Lemmy a grande força real por trás do instrumental. Para comprovar isso basta prestar atenção nas introduções de "I'll Be Your Sister" e "Capricorn".
No rock existem muitas subdivisões e só uma certeza: Lemmy é Deus!
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