1: The Beatles - Something
Deixar o quarteto de Liverpool de fora desta lista seria assinar o atestado de ignorância, isso porque o talento do grupo para compor lindas baladas sempre foi acima da média. A coisa só "piora" quando George Harrison decide colocar em uma destas canções o seu melhor solo. Obviamente falo da melódica "Something", canção dos Beatles predileta do Frank Sinatra. É ouvir e se emocionar.
2: Love - Alone Again Or
Rock psicodélico para muitos significa ácido lisérgico na cabeça, guitarras com fuzz, letras alucinantes e roupas coloridas. Tal percepção pode receber um choque de realidade quando posta de frente para essa linda música do Love. A influência de música flamenca e de trilhas western, a voz de Arthur Lee e a simplicidade da letra são apenas alguns dos ingredientes para um arranjo primoroso, repleto de detalhes sutis, capaz de nos levar para uma viagem astral. Isso é o que eu chamo de rock psicodélico.
3: UFO - Space Child
Bandas de hard rock costumam falhar miseravelmente ao compor baladas, vide as pavorosas "Love Hurts" (Nazareth) e "Still Loving You" (Scorpions). Felizmente, o mesmo não ocorreu com o UFO, que soltou no espetacular disco Phenomenon a fantástica "Space Child". A rouquidão de Phil Moog só serviu pra deixar sua interpretação ainda mais frágil e bela. Já Michael Schenker usou todo seu domínio técnico para presentear o ouvinte com um solo extremamente melódico. Uma rara exceção no estilo.
4: Lynyrd Skynyrd - Simple Man
Bandas do southern rock costumam demonstrar talento para falar das coisas simples da vida. É disso que "Simple Man" trata, de como levar a vida com serenidade. Uma verdadeira lição sulista em forma de música. Um hino do rock caipira.
5: Neil Young - Cortez The Killer
Neil Young já havia presenteado seus ouvintes com belas canções desde os tempos que fazia parte do Crosby, Stills, Nash & Young. Mas em "Cortez The Killer" ele usou e abusou de sua voz triste para contar a versão definitiva de Hernan Cortez, o terrível explorador do território Asteca. Para ajudar Neil Young, a sempre mortal Crazy Horse despeja cada acorde com uma delicadeza impressionante. De quebra, o melhor solo de guitarra de toda a carreira de Neil. Clássico.
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