Nesta semana fez 30 anos da morte do indiscutivelmente maior ícone do reggae, Bob Marley. Pensando nisso, elaborei um post não em homenagem a ele, mas ao reggae em geral.
O ritmo jamaicano nunca esteve entre meus gêneros prediletos, mas como em qualquer outra vertente musical, foi produzido alguns clássicos de audição obrigatória. Todavia, como não sou especialista no estilo, não tratarei necessariamente dos discos fundamentais, mas sim dos MEUS álbuns prediletos.
1: Bob Marley & The Wailers - Catch A Fire
Catch A Fire é o clássico definitivo do reggae. Além da capa emblemática contendo o Bob Marley mandando ver num "bauret", damos de cara com composições majestosas, instrumental enxuto e produção minimalista que nos transporta diretamente para Jamaica. Fora que a execução dos Wailers é impressionante, com destaque para a espetacular cozinha. Aqui fica evidente que o reggae é uma mistura de vários estilos, como o soul, blues e ska, todos somados a um sentimento de dor e perda, mas também de esperança e luta.
Ouviu e gostou? Escute o tão fantástico quanto Exodus (1977).
2: Peter Tosh - Live In Boston
Bob Marley é o maior ícone do reggae? Sem dúvida. Peter Tosh é um artista tão excelente quanto Bob Marley? Eu acho. E quando quero escutar reggae, esse disco ao vivo é um dos primeiros que vem a mente. Além das ótimas composições de Peter Tosh, o que se destaca é sua banda fenomenal de apoio, prova disso é a instrumental introdução do show. E o nível elevado se mantém por todo espetáculo. Escute "Igziabeher" e comprove.
Ouviu e gostou? Vá de Legalize It (1976).
3: Steel Pulse - Handsworth Revolution
Aqui fica comprovado que o reggae não só cruzou as barreiras da Jamaica, como também se aperfeiçoou fora de lá, principalmente por quem foi colonizado, a Inglaterra. Com letras politizadas, influência de música caribenha, fusão com o jazz e busca por caminhos harmônicos não tão comuns ao estilo, o Steel Pulse ganhou destaque, sendo um dos grupos prediletos dos fãs do gênero. O disco Handsworth Revolution tem uma produção bastante polida, o que deixa a clareza das composições ainda mais atraente.
4: The Congos - Heart Of The Congos
O que temos aqui é um registro histórico do auge das performances do alucinado produtor, Lee "Scratch" Perry. Timbres estranhos, colagens curiosas, ótimas canções e harmonias vocais espetaculares. O domínio técnico de Lee Perry no Black Ark - seu laboratório musical - não tinha limites. Flerte definitivo do reggae com experimentações eletrônicas. Eis o auge do dub.
5: Toots & The Maytals - Funky Kingston
Pra finalizar a lista, mais um clássico do gênero. A representação máxima do estilo em um único álbum. Um manifesto contra o "reggae de cachoeira". É uma paulada.
Sintam-se livres para recomendar nos comentários outros discos do estilo.
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